O papel da eficiência energética na conservação da Camada de ozônio

No dia 16 de setembro é celebrado o Dia Internacional de Proteção à Camada de Ozônio. A data marca o aniversário da ratificação do Protocolo de Montreal (1987), que visa a redução e a proibição de substâncias nocivas à camada de ozônio.

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO) aproveita a data para reiterar a importância de ações de sustentabilidade, especialmente relativas ao uso consciente e eficiente da energia elétrica.

“Algumas medidas, como a substituição de combustíveis fósseis por sustentáveis, a reciclagem de embalagens plásticas e a diminuição da produção dos gases CFC, ajudam muito”, afirma José Starosta, presidente da ABESCO. Mas o desperdício e a geração de energia termoelétrica por usinas movidas a óleo e carvão são enormes fontes poluidoras ainda pouco difundidas na sociedade.

Em termos de eficiência energética, o potencial de economia de energia no Brasil é de aproximadamente 6% para as indústrias, 11% para o comércio e 15% para residências. Isso representa cerca de 10% do consumo de energia elétrica nacional, algo próximo a 200.000 GWh/ano. Com essa economia seria possível evitar a emissão de 154 milhões de toneladas de CO2 apenas em nosso país.

A destruição da camada de ozônio do planeta começou a sofrer os efeitos mais severos da poluição com o advento da industrialização e da emissão em larga escala de gases nocivos, o que tem provocado o aquecimento global. “O desenvolvimento e descoberta de novos materiais sem dúvida nenhuma contribui muito para a ‘limpeza’ do ar e a diminuição da destruição da camada de ozônio. Mas o uso eficiente e racional da enorme quantidade de produtos que já temos à nossa disposição depende apenas de uma mudança comportamental e da consolidação de uma cultura do uso consciente de tudo que nos cerca”, conclui Starosta.