O presidente da ADIT, Felipe Cavalcante, realizou ontem (10) a cerimônia de abertura do Nordeste Invest 2010, no Centro de Convenções de Natal. Na ocasião estiveram presentes algumas autoridades políticas locais e nacionais, como o governador do Rio Grande do Norte, Iberê Ferreira de Souza, a prefeita de Natal, Micarla de Souza e o Ministro do Turismo, Luiz Barreto, e grandes nomes do mercado imobiliário e turístico do Brasil, com destaque para o presidente de honra da edição deste ano do evento, o empresário Romeu Shap Shap.

Já no primeiro dia da quinta edição do Nordeste Invest, os participantes e a organização demonstraram otimismo quanto aos negócios que estão sendo fechados. “Não assisti até hoje nada parecido com o que vi nesse evento, onde diversos investidores estavam correndo para trazer recursos para o país”, comentou Romeu Shap Shap. O vice-presidente da ADIT e presidente da Sinduscom-RN, Silvio Bezerra, citou que a expectativa será de superar R$ 600 milhões em negócios fechados.

Além da movimentação positiva na rodada de negócios, o presidente da ADIT ressaltou a transição da entidade, que deixa de ser regional e passa a ter uma nova amplitude. “O mais importante da Nordeste Invest 2010 foi a reinvenção do evento, quando nos tornamos uma associação nacional”.

Durante a coletiva de imprensa para jornalistas estrangeiros, o presidente da Adit NE, Felipe Cavalcante anunciou a nacionalização da entidade, que amplia o foco do Nordeste para todos os Estados brasileiros. “Com isso vamos atuar em todos os setores da base imobiliária: logística, hotelaria, retail. Não somos uma associação de construtoras, representamos toda a indústria”, afirmou Felipe. Estiveram presentes à mesa, o vice-presidente da Adit NE, Sílvio Bezerra, o diretor de investimentos do Ministério do Turismo, Hermano Carvalho e Maria Luisa Cravo, gestora de projetos da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e o subsecretário de Turismo do Rio Grande do Norte, Múcio Sá.

Sobre a nacionalização, Felipe informou que está prevista a criação de um conselho de administração composto por representantes de todos os Estados da federação, que deverá se reunir quatro vezes por ano. “Vamos ter um representante que será embaixador full time do setor turístico-imobiliário brasileiro”, disse. Ele frisou a importância da entidade no entendimento entre investidores nacionais e internacionais. “Nem sempre os empresários brasileiros conseguem entender os estrangeiros. A Adit vai atuar aí, ajudando a formatar projetos com padrão internacional”, explicou Cavalcante.

Os investimentos em infraestrutura alavancados pela Copa do Mundo, realizada em 2014 no Brasil, e as Olimpíadas do Rio Janeiro, em 2016, também deram a tônica da coletiva. Sílvio Bezerra destacou a construção do novo aeroporto de Natal, que se tornará o maior da América Latina, podendo alcançar um movimento de 20 milhões de passageiros/ano, enquanto Hermano Carvalho tranqüilizou os jornalistas quanto à pressão da FIFA acerca do cronograma de obras para o maior campeonato de futebol do mundo. “Estamos fazendo nosso dever de casa e a estará tudo pronto para a Copa do Mundo. É normal essa pressão, assim como o Governo brasileiro está pressionando os Estados”, disse.

Múcio Sá deu um panorama da hotelaria no Rio Grande do Norte, que hoje conta com cerca de 42 mil leitos e anunciou que a previsão até 2014 é um acréscimo de 20 mil leitos. “Fomos o Estado que mais deu garantias para a Fifa em questão de hospedagem”, contou o secretário. Felipe Cavalcanti encerrou a coletiva falando sobre a importância do mercado americano para a Adit. “Definimos que esse mercado é estratégico para nós, pois todas as decisões importantes para a América Latina são tomadas nos EUA. Pretendemos ter uma base em Miami”, adiantou.

Na turbulência financeira, a grande virada para o Brasil

Investidores apontaram o Brasil como destino seguro após crise internacional

Depois de toda turbulência internacional, o Brasil é a bola da vez. Esse foi o sentimento dos painelistas da mesa que tratou do tema “Como fica o Brasil pós-crise. O que mudou no apetite dos investidores pelo País após a crise Internacional?” durante a conferência da Nordeste Invest. A maturidade política e econômica nacional foi ressaltada como os fatores que fizeram do nosso mercado um ambiente seguro para o investidor internacional.

Para o presidente da ADIT, Felipe Cavalcante, a crise representou a grande virada para colocar o Brasil como um dos protagonistas no cenário internacional. “Nada no mundo foi melhor para o Brasil do que a crise. De emergente, passamos a ser um país maduro que ficou em pé após todo o desgaste provocado pelo colapso financeiro”.

Comparando a situação do Brasil com os outro emergentes, o chairman da Global Estate Institute, Henri Alster, ressaltou as razões da preferência pelo País. “O Brasil será o país da próxima década. A China é um mercado extraordinário, mas a intervenção do governo pode afetar os interesses dos investidores. Aqui as leis são bem conhecidas”.

O representante da Associação de Promotores Imobiliários de Madrid, José Manuel Galindo, comentou sobre a mudança do clima dos investidores espanhóis quanto aos investimentos na América Latina. “Há alguns anos as empresas espanholas estavam mais interessadas no mercado interno, mas a crise fez com que elas voltassem os olhos de volta para os mercados de fora e o Brasil, com uma grande demanda imobiliária e com uma classe média crescente apresenta grandes oportunidades”.

Outro destaque da mesa foi para o grande desafio do Brasil nesse momento é de aprender a estruturar os seus projetos para a quantidade o tipo de empreendimento esperado pelos investidores. “Na crise o Brasil foi considerado um porto seguro, mas não temos ainda projetos formatados adequadamente suficientes para a quantidade de investimento internacional que está chegando”, afirmou Luciano Lewandowski, diretor da Prosperitas Investimentos.

Nas fotos, Ministro do Turismo Luiz Barreto, prestigiando o evento juntamente com a prefeita de Natal, Micarla de Souza, além de autoridades da ADIT Nordeste.

Assessoria Imprensa