Enquanto autoridades mundiais discutem na Dinamarca o futuro das ações para conter as mudanças climáticas no mundo, na conferência de Copenhague, o Rio de Janeiro assinou contrato com o Banco Mundial que tem entre suas metas a redução de 121 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases do efeito estufa. O contrato de empréstimo de US$ 39,5 milhões (R$ 67 milhões) para o programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, foi assinado na tarde de ontem.

O documento foi firmado pelo secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, que representou o governador Sérgio Cabral; pelo diretor do Banco Mundial no Brasil, Makthar Diop, e pela procuradora da Fazenda Nacional, Ana Lúcia Gatto de Oliveira, representando a União, já está aprovada a liberação imediata de R$ 15 milhões para aplicação no programa.

O programa pretende “melhorar o acesso à infraestrutura socioeconômica básica, aumentando a produtividade e conectando os agricultores a mercados consumidores”. De acordo com a secretaria estadual de Agricultura, o Estado do Rio de Janeiro “dá importante passo para o desenvolvimento sustentável” com a medida.

O programa Rio Rural também tem contrapartida do governo do estado para a promoção de desenvolvimento rural sustentável em 270 microbacias hidrográficas de 59 municípios fluminenses. Somando os recursos liberados pelas administrações estadual, federal e municipais, serão US$ 79 milhões (R$ 134 milhões) aplicados em infraestrutura, saneamento, recuperação de estradas, recomposição do solo e da cobertura vegetal.

Do total, 87% serão destinados a práticas sustentáveis sob os aspectos sociais, econômico e ambientais. O projeto atenderá diretamente a 37 mil famílias de agricultores. Até 2014, a expectativa é que os recursos do Bird serão usados para levar saneamento individual e melhorias habitacionais a 7,5 mil domicílios.

Segundo o secretário Christino Áureo, o estado utiliza uma abordagem inovadora para o desenvolvimento de sua agricultura familiar, por meio do Rio Rural. Áureo lembra que o seu enfoque participativo e territorial permitirá gerar empregos e renda em parceria com o setor privado, promovendo a sustentabilidade ambiental e social, assim como o fortalecimento das comunidades e de suas atividades tradicionais.

“Será um grande passo para diminuir a desigualdade e melhorar a qualidade de vida no interior do estado”, afirmou.

EMATER. Os 84 primeiros colocados no concurso público da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio), tomarão posse amanhã, às 17h, em solenidade no Teatro Popular de Niterói, no Caminho Niemeyer.

Os novos agentes, muitos deles em seu primeiro emprego, vão trabalhar nos escritórios da Emater, distribuídos pelo interior, atuando como elemento de ligação entre as políticas públicas para o setor e o produtor rural, especialmente o agricultor familiar. Os demais candidatos aprovados no concurso realizado em setembro, que ofereceu 166 vagas, serão chamados a partir de março de 2010.

“Após quase duas décadas, conseguimos realizar esse concurso. Foi um longo caminho até encontrarmos o governador Sérgio Cabral, que nos ouviu e entendeu a importância de reforçar os quadros da secretaria para a promoção do desenvolvimento rural sustentável no estado”, disse Áureo.

Jornal do Commércio