Coalizão da chanceler Angela Merkel recua da lei aprovada no ano passado que havia prolongado a vida útil das usinas nucleares até 2036

A Alemanha vai abandonar a energia nuclear até 2022. O compromisso de desligar todas as 17 usinas do país foi assumido na madrugada desta segunda-feira pela coalizão de governo da chanceler Angela Merkel. Cumprido, o cronograma fará da Alemanha a primeira potência a abrir mão de uma infraestrutura montada para geração de energia nuclear.

Conforme o anúncio, as oito centrais nucleares que foram fechadas provisoriamente após o acidente de Fukushima, no Japão, jamais voltarão a abastecer a rede elétrica. Até 2021, a maioria das demais usinas será desligada, e três delas, as mais modernas do país, serão fechadas até o ano seguinte.

Segundo o ministro do Meio Ambiente alemão, Nobert Röttgen, estas três usinas mais modernas devem ser vistas como reserva de segurança, em caso de escassez energética, e seu fechamento em 2021 ou 2022 será decidido somente em 2018.

Com a decisão, tomada na esteira da crise nuclear do Japão, o governo alemão recua da lei aprovada no ano passado que prolongou a vida das usinas nucleares em um média de 14 anos, estabelecendo 2036 como prazo para o fechamento da última central – e revalida decisão tomada em 2000 pela coalizão do então chanceler Gerhard Schröeder, que previa o abandono da energia nuclear em 2021.

Protestos – Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas no sábado em diversas cidades da Alemanha para reivindicar o abandono da energia nuclear. Neste domingo, um grupo de ativistas da ONG Greenpeace voltou a protestar em Berlim, pedindo que o prazo fosse antecipado para 2015.

(com EFE)

fonte:  VEJA