NATÁLIA CANCIAN
DE SÃO PAULO

A madeira de árvores nativas arrastadas aos rios pela força das chuvas que atingiram o litoral do Paraná em março deve render R$ 1,2 milhão às famílias atingidas pelo desastre.

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O material começou a ser removido nesta semana, após a conclusão de estudos.

Pelo menos 144 pessoas ainda estão desabrigadas (tiveram suas casas destruídas) e outras 210 estão desalojadas (não podem voltar para casas que estão em área de risco) no litoral, segundo a Defesa Civil Estadual.

Ao todo, cerca de 42 mil metros estéreos (medida de volume para lenha e que equivale ao metro cúbico) de madeira devem ser retiradas dos rios Jacareí e Miranda, que cortam a região.

Segundo o Provopar (Programa do Voluntariado Paranaense), instituto que coordena o projeto, pelo menos cinco empresas já estão interessadas em comprar a madeira, que pode ser utilizada para a produção de energia ou em marcenarias.

O dinheiro será aplicado em recursos para cerca de 200 famílias que viviam nas áreas afetadas pelas enchentes e deslizamentos nas cidades de Antonina, Morretes, Paranaguá e Guaratuba.

Elas receberão o valor conforme a necessidade: roupas, material de construção, eletrodomésticos, entre outros. Parte do dinheiro também deve ser investido em um projeto de geração de renda para essas famílias.

“A partir do que ficou do desastre, vamos fazer a reconstrução”, afirma o superintendente do Provopar, Luiz Carlos de Melo dos Reis.

O trabalho de remoção da madeira deve durar três meses. O processo é acompanhado pelo Instituto Ambiental do Paraná, responsável pela fiscalização e por autorizar o transporte e a venda da madeira, entre outros órgãos do governo e institutos de preservação ambiental.

Fonte:Folha.com