O segundo dia da Santos Offshore OIL & GAS Expo 2012 foi marcado pelo início da programação da Conferência, que segue com palestras e seminários até sexta-feira (19/10), no Mendes Convention Center, na cidade de Santos (SP).

A primeira palestra da programação foi ministrada pelo Gerente Geral da Unidade Santos da Petrobrás, José Luiz Marcusso com o tema ‘Desenvolvimento do Setor Offshore & Implicações para a Bacia de Santos’.

 

A palestra teve como principal objetivo apresentar o plano de negócios e a gestão 2012-2016 da Petrobrás para a Bacia de Santos e mostrar como a empresa está se preparando para o crescimento esperado na produção e exploração de petróleo e gás.

 

“O Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 da Petrobras prevê investimentos totais de US$ 236,5 bilhões em projetos e empreendimentos da Companhia no Brasil e no exterior. Desse montante, US$ 131,6 bilhões serão investidos na área de Exploração e Produção exclusivamente no Brasil, onde incluem as operações da Bacia de Santos”, explica Marcusso.

 

De acordo a Petrobrás, estima-se que a produção de petróleo no Brasil, que atualmente é de 2 milhões de barris por dia, atinja a marca de 2,4 milhões de barris em 2016 e chegue a 4,2 milhões de barris diários em 2020. Para alcançar essa meta a empresa pretende implantar 38 novos sistemas de produção, que entrarão em operação até 2020, sendo 25 deles na Bacia de Santos.

 

Segundo Marcusso, para acompanhar esse crescimento a empresa tem investido em diversos projetos de desenvolvimento e principalmente em infraestrutura, principalmente para vencer os desafios que acompanham o aumento da demanda.

 

“Os desafios são muitos, já que estamos falando de uma bacia sedimentar com mais de 300 mil km2 e cujas operações se estendem da cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, até Florianópolis, em Santa Catarina. Quando trabalhamos no pré-sal da Bacia de Santos, por exemplo, estamos falando de atividades que acontecem a 300 km da costa, e isso exige, além de alta tecnologia, profissionais cada vez mais capacitados nas plataformas e uma equipe capaz, em terra, de oferecer todo o suporte operacional a esses trabalhadores embarcados”, afirma ele.

 

A Petrobrás iniciou neste ano a construção de sua sede própria na cidade de Santos, que abrigará não só a parte administrativa da empresa, mas também laboratórios e centros de pesquisas que ajudaram no desenvolvimento de projetos para garantir que as metas da empresa sejam cumpridas até 2020.

 

Nesta quinta-feira (18/10) a Conferência da Santos Offshore promove mais duas palestras com o tema “Oportunidades de Negócios para a Cadeia de Fornecedores e Desenvolvimento de Recursos Humanos”, com duas discussões simultâneas sobre ‘Desenvolvimento de Profissionais para atuarem no setor de E&P Offshore’ e um “Painel de Apresentações sobre Oportunidades de Negócios na Bacia de Santos”. As palestras têm início às 14h.

RODADA DE NEGÓCIOS DO CIESP NA SANTOS OFFSHORE DEVE GERAR R$3 MILHÕES PARA O SETOR DE ÓLEO E GÁS

Além da abertura da conferência da Santos Offshore OIL & GAS Expo 2012, a rodada de negócios promovida pelo Competro Fiesp/Ciesp foi um dos grandes destaques deste segundo dia de evento. Com o objetivo de fomentar a introdução de empresas com conteúdo local dentro da cadeia produtiva de óleo e gás, a entidade reuniu profissionais de pequenas, médias e grandes empresas em seu estande para apresentar seus produtos e serviços na tarde desta quarta-feira (17/10).

 

Até o início da rodada foram contabilizadas cerca de 100 inscrições de empresas fornecedoras e mais 20 de empresas âncoras. O número de agendamentos chegou aos 900, podendo aumentar após o encerramento do encontro, já que os visitantes da Santos Offshore também poderiam se cadastrar durante o evento que foi realizado das 15h às 19h. O Coordenador de Assistência às Empresas do Ciesp, Airton Tadeu Siste, contou que quem vai até a feira é para procurar novos negócios. Então quando este profissional se depara com uma oportunidade como esta, dificilmente vai deixar passar.

 

“A demanda do setor de óleo e gás está ascendente. Ao se instalarem na Bacia de Santos, como é o caso das âncoras que trouxemos para nossa rodada de negócios, as empresas vão precisar de fornecedores próximos, principalmente por conta da questão logística que hoje é um dos principais desafios dos profissionais que atuam neste segmento. E nada melhor do que uma rodada de negócios para que os empresários façam discussão, descubram quais grupos estão demandando e que tipos de oportunidades existem a médio e longo prazo”, complementou o Diretor Adjunto de Energia, Petróleo e Gás do Ciesp, Kalenin Pock Branco.

 

Ainda segundo os representantes do Ciesp, dos R$40 milhões em volume de negócios que podem ser gerados durante a 6ª edição da Santos Offshore, cerca de R$3 milhões devem ser iniciados nesta rodada de negócios. “E os valores podem ser ainda maiores, dependendo da movimentação da feira”, afirma Siste. Para quem não conseguiu participar, ainda dá tempo. Amanhã haverá outra rodada de negócios, desta vez promovida pelo Sebrae em parceria com a ONIP (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), também das 15h às 19h.

 

FIESP TRAZ PELA PRIMEIRA VEZ A SALA DE CRÉDITO PARA A SANTOS OFFSHORE

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) participou do primeiro dia da Santos Offshore com a Sala de Créditos, que tem como objetivo de prestar consultoria para micro, pequenas e médias empresas que buscam financiamentos para investir e ampliar sua participação no mercado.

 

O espaço que foi montado pela primeira vez na feira, reúne representantes das principais instituições financeiras do país. “Os empresários que passaram pelo estande nos apresentaram suas necessidades de crédito e, junto aos bancos presentes conheceram os pacotes financeiros oferecidos e as formas de financiamentos, para que possam investir em seus negócios”, explica o assessor de projetos da diretoria de micro, pequenas e médias empresas da Fiesp, Flávio Vital.

 

Durante o primeiro dia da feira foram realizadas mais de 50 atendimentos. “A Santos Offshore é uma feira de negócios, o que aumenta o número de empresários que buscam a Sala de Crédito. O movimento no espaço superou as nossas expectativas”, finaliza Flávio.