País ultrapassou a Itália e ocupa a nona posição no Ranking Mundial de capacidade instalada de energia eólica elaborado pelo GWEC – Global Wind Energy Council.

O GWEC – Global World Energy Council,  o “GLOBAL WIND STATISTICS 2016”, documento anual com dados mundiais de energia eólica. O relatório mostra que, em 2016, foram adicionados 54,6 GW de potência eólica à produção mundial, totalizando 486,7 GW de capacidade instalada. O gráfico abaixo mostra o crescimento mundial desde 2001:


No Ranking dos dez países com mais capacidade instalada total de energia eólica, o Brasil subiu uma posição e aparece em 9º colocado na lista dos maiores países, com 10,74 GW, ultrapassando a Itália, que está com 9,2 GW.
No ranking de nova capacidade instalada no ano, o Brasil está em quinto lugar, tendo instalado 2 GW de nova capacidade em 2016. Nesta categorização, o Brasil caiu uma posição, sendo ultrapassado pela Índia, que instalou 3,6 GW de nova capacidade em 2016.


“O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo, uma cadeia produtiva 80% nacionalizada e investimentos que já passam da ordem dos R$ 70 bilhões no total. Temos, portanto, um ótimo potencial de crescimento. Até 2020, considerando apenas os contratos assinados e leilões já realizados, vamos chegar a 18 GW. Com novos leilões, esse número ainda vai crescer. O importante agora é que novos leilões sejam de fato realizados nos próximos meses, já que em 2016 não tivemos nenhum leilão de energia eólica pela primeira vez, desde que esta fonte começou a participar de leilões em 2009. É um momento importante para o setor, que tem trabalhado muito junto ao governo para defender a necessidade e importância da realização de novos leilões de energia eólica tanto para sustentar a cadeia produtiva, como para a segurança energética do Brasil e para contribuir com a tarifa de energia, já que as eólicas evitam a utilização de usinas mais caras além de contribuir com o armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas. Importante lembrar que, hoje, as eólicas são a opção mais competitiva de contratação, já que as grandes hidrelétricas, que sempre ocuparam esta posição, enfrentam obstáculos para sua expansão por questões ambientais. Além disso, a energia eólica será profundamente importante para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima”, explica Elbia Gannoum, Presidente executiva da ABEEólica, Associação Brasileira de Energia Eólica.
Em dimensões regionais, o Brasil segue líder disparado da América Latina e Caribe nos dois rankings (capacidade nova e total), representando 71% do total acumulado e 65% das novas instalações de 2016.