Por Rodrigo Caetano

Astrônomos anunciaram a descoberta de um novo planeta, localizado na órbita sa estrela Próxima Centauri, a mais próxima da Terra. Duas características do astro, batizado de Proxima B, entusiasmaram os cientistas. A primeira, é que ele está localizado em uma área não muito quente ou muito fria, ou seja, é possível que exista água na forma líquida em sua superfície. Se isso for confirmado, trata-se de uma condição habitável para seres humanos. Mas é o fato de ele estar a 4, 2 anos luz da Terra, o equivalente a 40 trilhões de quilômetros, que realmente animou os pesquisadores. “Sabemos que existem planetas com características terrestres”, afirmou Guillen Aglada-Escudé, astrônomo da Queen Mary University, de Londres, e líder da equipe de pesquisadores. “Mas o que é realmente animador é que se trata do mais perto de todos”. A descoberta ajuda a impulsionar o bilionário mercado de viagens espaciais. O setor é explorado por grandes empreendedores, como Elon Musk, da Tesla, e Richard Branson, da Virgin. Musk, inclusive, tem um plano para explorar Marte. Viajar até a Proxima B, no entanto, é impossível. Com a tecnologia atual, levaria mais de 70 mil anos para chegar lá. Recentemente, um grupo de empresários, entre eles Mark Zuckenberg, do Facebook, e o bilionário russo Yuri Milner, se uniu ao físico Stephen Hawking em um plano para desenvolver sondas robôs movidas a laser, capazes de chegar a Alpha Centauri, sistema estelar localizado a 4, 3 anos luz da Terra, distãncia similar do novo planeta. O custo estimado do projeto é de US$10 bilhões. A busca por planetas semelhantes ao nosso é uma nova área da ciência, batizada de astronomia exoplaneta, que floresceu em 2009 com o lançamento da sonda Kepler pela Nasa, a agência espacial americana.