A dois passos da imortalidade, Bolt fatura o tricampeonato olímpico nos 100m

Velocista jamaicano conquista o ouro com o tempo de 9s81, no Estádio Olímpico, seguido pelo norte-americano Justin Gatlin e pelo canadense Andre De Grasse
Menos de dez segundos. Era o tempo que os torcedores que encheram o Estádio Olímpico, neste domingo (14.8), teriam para assistir à final dos 100m rasos do atletismo. Desde 2007, Usain Bolt não fica acima desta marca. O jamaicano não decepcionou, correu em 9s81 para conquistar seu sétimo ouro e o tricampeonato na prova mais rápida das Olimpíadas.
O objetivo dele, agora, é alcançar a “imortalidade”, que em sua opinião virá se conseguir repetir os feitos das duas últimas edições dos Jogos, quando conquistou o ouro nos 100m, 200m e 4 x 100m. “Alguém disse algo na coletiva (de imprensa) que se eu vencesse os três ouros nessa Olimpíada eu seria imortal. Gostei disso. Fico com essa imortalidade então”, disse o velocista, mostrando seu bom humor.

Jogo emocionante termina com Larissa e Talita na semifinal e homenagem aos pais

RIO DE JANEIRO, BRAZIL - AUGUST 14: Talita Rocha (L) of Brazil celebrates a point with teammate Larissa Franca Maestrini during a Women's Quarterfinal match between Brazil and Switzerland on Day 9 of the Rio 2016 Olympic Games at the Beach Volleyball Arena on August 14, 2016 in Rio de Janeiro, Brazil. (Photo by Sean M. Haffey/Getty Images)

Talita comemora com a companheira enquanto a suíça lamenta. Foto: Sean M. Haffey/Getty Images

Dupla brasileira saiu atrás e precisou salvar três match points, mas conseguiu vencer as suíças Heidrich e Zumkerh por 2 sets a 1 e agora está a um jogo da final no feminino
Sem perder nenhum set nas Olimpíadas até este domingo (14.08), Larissa França tinha dito que esperava que todos os jogos terminassem com vitória brasileira por 2 a 0, para evitar o sofrimento de torcedores e familiares. Mas, justamente no Dia dos Pais, não deu para seguir a prescrição. Para alívio da torcida e da família da dupla Larissa e Talita, no entanto, o final foi feliz.
“Ninguém chega na Olimpíada e ganha de todo mundo por 2 a 0 numa boa. A gente se preparou para isso. Foi um pouquinho mais do que a gente esperava, mas elas precisavam botar a última bola no chão, e isso não é tão fácil. São 15 anos jogando, três Olimpíadas, e eu sabia que juntas, como equipe, poderíamos reverter”, disse Larissa.
Após verem as suíças Joana Heidrich e Nadine Zumkehr fecharem a primeira parcial por 23 a 21, as brasileiras fizeram um segundo set emocionante, com direito a três match points salvos. O alívio veio após 29 minutos, quando conseguiram fechar por 27 a 25 e levar à loucura a torcida presente na Arena do Vôlei de Praia em Copacabana, que apoiou a dupla em todos os momentos, inclusive depois dos erros

Ágatha e Bárbara vencem russas e Brasil garante pelo menos o bronze

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Bárbara e Ágatha comemoram a vitória e a vaga na semifinal. Foto: Roberto Castro/ME

Após reação incrível, brasileiras avançaram para as semifinais e vão enfrentar americanas. Do outro lado, Larissa e Talita encaram parceria alemã. Mesmo se ambas perderem, país terá o terceiro lugar
A Arena do Vôlei de Praia se iluminou para receber Ágatha e Bárbara. Primeiro, as luzes foram apagadas e os torcedores iluminaram as arquibancadas com seus celulares, formando um belo efeito. Depois, a areia ficou verde e amarela e as duplas foram anunciadas. Ovacionadas, as brasileiras acenaram para a torcida e começaram o aquecimento.
Quando começou, o jogo parecia que seria tranquilo – as brasileiras chegaram a abrir 11 a 8. Mas foi aí que começou o drama. As russas encaixaram o saque e tomaram conta da partida. Quando o placar marcava 19 a 13 para as europeias, a torcida já se preparava para apoiar uma reação no segundo set, como havia feito com Larissa e Talita. Mas começou ali uma inacreditável reação.
As brasileiras fizeram cinco pontos seguidos e chegaram a 18/19. As russa ainda marcaram mais um ponto e tiveram o set point nas mãos: 20 a 18. As brasileiras não se deram por vencidas e empataram em 20 a 20. Ponto das russa e novo set point: 20/21. Mais uma vez, as brasileiras buscaram forças e empataram novamente. Ukolova e Birlova pareciam não acreditar no que estava acontecendo e a torcida não se continha, fazendo um barulho ensurdecedor. Jogando juntas, Ágatha, Bárbara e a torcida fecharam o set: 23 a 21.

Na quadra, Brasil vence a Rússia e se classifica em primeiro no grupo

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Após vitória contra Rússia, o Brasil pegará a China nas quartas de final. Foto: Divulgação/ CBV

Como líder do grupo A, seleção anfitriã enfrentará a China, quarta colocada do grupo B, nas quartas de final. Partida será realizada na próxima terça, às 22h15
A seleção brasileira feminina de vôlei terminou a fase de classificação dos Jogos Olímpicos Rio 2016 em primeiro lugar do grupo A. Já garantido na próxima fase, o Brasil venceu a Rússia, neste domingo (14.08), por 3 sets a 0 (25/23, 25/21 e 25/21), em 1h22 de partida, confirmou a liderança no grupo, com 15 pontos. Foram cinco jogos até agora no Maracanãzinho, com cinco vitórias e nenhum set perdido pela equipe comandada pelo treinador José Roberto Guimarães.
A Rússia terminou na segunda colocação, com 12 pontos (quatro resultados positivos e um negativo), a Coreia do Sul ficou em terceiro, com nove (quatro vitórias e duas derrotas) e o Japão em quarto, com seis pontos (dois resultados positivos e quatro negativos). Na sequência, aparecem Argentina e Camarões que não se classificaram para a próxima fase.
Nas quartas de final, a seleção brasileira terá a China (quarta colocada no grupo B) como adversário. A partida será na próxima terça-feira (16.08), às 22h15. Os outros confrontos serão entre Coreia do Sul x Holanda, Estados Unidos x Japão e Sérvia x Rússia. Caso passe adiante, a equipe dirigida pelo técnico José Roberto Guimarães enfrentará o vencedor entre coreanas e holandesas.
Maior pontuadora do Brasil nesta noite, a oposto Sheilla marcou 18 vezes, sendo 14 de ataque, três de saque e um de bloqueio. Quem mais marcou na partida foi a russa Goncharova, com um a mais do que a brasileira.

A prata da persistência de Diego veio em inédita dobradinha nos esportes individuais com o bronze de Nory

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Diego Hypolito e Arthur Nory se abraçam com a confirmação da dobradinha nacional no pódio. Foto: Roberto Castro/Brasil2016.gov.br

Após frustrações marcantes nos Jogos de 2008 e 2012, atleta brasileiro encontra forças para chegar ao pódio no solo em casa. Arthur Nory executa série limpa e completa o pódio. Ouro ficou com o britânico Max Whitlock
Redenção. Não há palavra melhor para definir o que Diego Hypolito viveu neste domingo (14.08) na Arena Olímpica do Rio. A prata veio com a nota 15.533 na apresentação de solo e foi comemorada por ele, pelos técnicos e pelo público no ginásio como um ouro.
É comum os atletas dizerem que, no momento de uma conquista ou logo antes dela, passa um filme. No caso de Diego, a dedicação, o esforço e, sobretudo, o histórico de percalços, são partes de um roteiro que o Brasil acompanhou. Ele foi bicampeão mundial (2005 e 2007) no solo e chegou aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 como favorito. Caiu na final e ficou fora do pódio. Quatro anos depois, a queda foi ainda na fase classificatória: mais uma vez o sonho da medalha olímpica foi embora. Ele não desistiu. Superou lesões e até uma depressão. Para encarar sua terceira Olimpíada, teve que vencer também a disputa interna. Chegaram a considerá-lo fora da equipe, mas ele ficou.
“Não consigo acreditar que é real. Isso mostra que se você acreditar no sonho, é possível. Em uma Olimpíada eu caí de bunda, na outra literalmente de cara, na terceira eu fiquei de pé. Eu nem era tão bom agora como era nas outras, mas consegui uma medalha. É inexplicável. Nunca desistam dos seus sonhos”
Diego Hypolito
Fonte: Brasil 2016