O governo australiano anunciou uma revisão de seu plano contra a mudança climática e se comprometeu a reduzir em 25% a emissão de gases que produzem o aquecimento global antes de 2020. O anúncio da revisão foi feito na quarta-feira, dia 6 de maio.

Na última segunda, o premiê Kevin Rudd cedeu à pressão dos empresários e concordou em atrasar por um ano seu plano de luta contra a mudança climática, que devia entrar em vigor em 2009, devido à crise econômica.
Em troca, decidiu aumentar seu objetivo de redução de emissões de 5% para 25% antes de 2020, uma decisão que a Austrália apresentou hoje formalmente às Nações Unidas, disse a ministra do ramo, Penny Wong, em comunicado.

O plano governamental contempla a criação de bônus de emissões –que poderão ser comprados ou vendidos a preços de mercado por todos os agentes industriais que precisem poluir.

O governo limitará a emissão destes bônus em função do número de gases que pretende reduzir a cada ano.

Enquanto organizações ambientalistas como o Greenpeace condenaram, nesta semana, o atraso da entrada em vigor do plano, outras organizações como o Conselho de Conservação da Austrália o apoiaram, ao abrir a porta para a possibilidade de um aumento na porcentagem da redução de gases.

Quando chegou ao poder, em novembro de 2007, o governo trabalhista da Austrália prometeu que transformaria o país em uma das nações mais comprometidas com a luta contra o aquecimento global. Para afirmar essa postura, ratificou imediatamente o Protocolo de Kyoto.

No entanto, o país continua sendo um dos mais poluentes do planeta, por sua dependência dos combustíveis fósseis, além de ser o maior exportador mundial de carvão.

Fonte: Folha de São Paulo