Segundo ministro chinês, oito milhões de pessoas em áreas rurais e 24 milhões nas regiões urbanas aguardam um emprego

Nas cidades chinesas há 14 milhões de desempregados que têm diploma universitário (Feng Li/Getty Images)

Nas cidades chinesas há 14 milhões de desempregados que têm diploma universitário (Feng Li/Getty Images)

O governo da China, usualmente reticente quanto aos dados sobre o desemprego no país, reconheceu nesta terça-feira por meio de seu ministro de Recursos Humanos e Seguridade Social, Yin Weimin, que 32 milhões de pessoas estão sem trabalho atualmente. Em entrevista coletiva concedida por ocasião da sessão anual do Legislativo chinês, o ministro detalhou que oito milhões de pessoas em áreas rurais e 24 milhões nas regiões urbanas aguardam um emprego.

Há, nas cidades, 14 milhões de pessoas desempregadas que têm diploma universitário, em um país onde ano após ano aumenta de forma preocupante o desemprego entre os jovens com formação superior. O governo chinês não publica números completos relativos ao desemprego por temor de que gere instabilidade social, e reconhece apenas que a taxa de desemprego nas cidades chinesas (onde vive menos da metade da população total) é atualmente de 4,6%.

No sábado, em discurso sobre os objetivos estatais para os próximos cinco anos, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, destacou que o Governo projeta criar nove milhões de postos de trabalho nas cidades chinesas em 2011, e 45 milhões até 2015. Em 2011, o regime comunista investirá 42,3 bilhões de yuanes (6,4 bilhões de dólares) na criação de empregos, dando “prioridade aos graduados universitários”, em palavras do chefe de Governo.

(Com agência EFE)

Fonte: VEJA On-line