Centenas de bilhões de dólares estão sendo investidos por grandes fundos de investimento nos mercados financeiros florescentes para adquirir participação em commodities como o trigo, o milho e a soja. Alguns poucos investidores chegam até a ousar em suas apostas, no que diz respeito à ampliação considerável da demanda mundial por alimentos. Eles estão adquirindo terras aráveis, depósitos de fertilizantes, silos de armazenagem de grãos e equipamento de transporte de produtos agrícolas.

Um deles adquiriu diversas usinas de etanol, terras aráveis no Canadá e armazéns na região centro-oeste dos EUA. E três investidores institucionais, entre os quais o gigantesco fundo BlackRock, de Nova York, estão planejando, separadamente, investir centenas de milhões de dólares na agricultura, em especial terras aráveis, da África ao sul do Saara à Inglaterra rural.

Ao controlar terra e outros negócios agrícolas, os novos investidores ficam livres das regras que visam limitar o número de apostas especulativas que eles e outros investidores financeiros podem realizar nos mercados de commodities. Os silos, especialmente, poderiam oferecer a esses investidores novas maneiras de ganhar dinheiro, uma vez que eles seriam capazes de comprar e vender milho e soja físicos, e não apenas os derivativos financeiros dessas commodities.

Revista Ecoturismo