Macapá-AP – Eleito pela terceira vez para presidir a Assembléia Legislativa do Amapá, o deputado estadual Jorge Amanajás (PSDB) tem se notabilizado como o grande defensor da união dos estados amazônicos na busca do desenvolvimento regional. Deputado há três Legislaturas, Jorge Amanajás, entende que a dispersão tem sido o grande responsável pelo desenvolvimento desigual existente hoje a região Norte.

Para ele, essa barreira só poderá ser quebrada se todos seguirem uma mesma direção. “As lideranças políticas da Amazônia ainda não perceberam que se ficarmos divididos, não teremos forças para enfrentar o poderiu que ainda nos impõe os Estado do Sul e do Sudeste. Então, mais do nunca precisamos entender que as dificuldades que enfrentam o Estado de Roraima, o Pará ou Tocantins, é também um problema nosso, do Amapá, e vice versa”, afirma.

Amanajás também é da opinião de que os amazônidas precisam encontrar uma saída para o verdadeiro dilema que vivem hoje: promover o desenvolvimento sem degradar o meio ambiente. E para isso é necessário que os estados menos desenvolvidos tenham o conhecimento de determinadas tecnologias para poder promover seu crescimento econômico.

“Mais aí temos outro entrave. O Brasil tem ainda uma produção cientifica — a maior e mais diversificada da América Latina – desarticulada das necessidades de desenvolvimento econômico e social do País. Por isso, embora a produção científica nacional (medida em artigos publicados em revistas internacionais especializadas) tenha-se multiplicado por quatro em 20 anos, a sociedade brasileira colheu poucos frutos desse esforço. Por isso convivemos com uma desigualdade regional imensa no País”, adianta.

Árduo defensor do desenvolvimento econômico baseado em um setor econômico forte, o parlamentar, ao assumir a presidência da Assembléia Legislativa, puxou para a Casa o debate sobre os grandes temas do Amapá, como a regularização fundiária do Estado com o repasse das terras da União para o Amapá. “Aqui se tinha o principal entrave para o desenvolvimento do Amapá. Sem o domínio das terras, os proprietários rurais não conseguiam acessar financiamentos nos bancos para investir nas terras que estavam ocupando”, relembra. A questão foi resolvida com a assinatura de um Decreto pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita ao Amapá, em dezembro de 1997.
Como presidente do Parlamento Amazônico, Jorge Amanajás conseguiu aprovar um Anteprojeto de Lei Complementar criando o PFM Verde, que consiste em compensar os estados da Amazônia Legal que tenham em seu território grandes extensões de áreas destinadas à preservação ambiental. A proposta incorpora ao fundo, como compensação financeira a esses municípios, recursos equivalentes ao percentual da ocupação territorial das áreas especialmente protegidas, como estações ecológicas, reservas biológicas, parques estaduais, parque nacionais, monumentos naturais e refúgios de vida  silvestre.

“É uma forma de fazer com que a população desses municípios não sejam penalizadas. Um exemplo típico no Amapá, é Laranjal do Jarí, no sul do Estado. O município ficou engessado porque não tem mais para onde crescer por ter em seu entorno áreas de preservação ambiental”, frisa.

Por conta de sua atuação em defesa do meio ambiente, o deputado Jorge Amanajás foi merecedor de homenagens fora do Amapá. Na cidade de Porto Velho, (RO) ele foi recentemente homenageado com o Prêmio Ecoturismo e Agroenergias Renováveis, em sua sétima edição. O prêmio foi entregue durante a realização do VI Seminário Internacional de Sustentabilidade.

No início de dezembro, o presidente da Assembléia Legislativa do Amapá recebeu o título de Embaixador da Paz, concedido pela Universal Peace Federation (Federação para a Paz Universal) e pelo Committee Nobel Peace Price (Comitê Nobel da Paz). Jorge Amanajás é a primeira liderança política amapaense a receber o título. O diploma foi entregue durante a realização da International Leadership Conference (Conferência Internacional de Lideranças) e do Global Peace Festival 2008 (Festival Global da Paz), que aconteceu na cidade de Brasília, de 5 a 7 de dezembro deste ano.

“Não há dúvida que esse reconhecimento nos gratifica muito. Mas antes de ser um reconhecimento pessoal, é uma justa homenagem ao povo do Amapá que nos tem dado a oportunidade de defender a suas bandeiras no parlamento. E essa bandeira será sempre a motivação de nossa luta”, afirma Jorge Amanajás.

Randolph Scooth
Revista Ecoturismo