Gás produzido por empresa do bilionário seria usado na fabricação do insumo

OGX, de Eike, descobriu recentemente reserva de gás natural próxima ao MA, onde a Vale tem fábrica de nitrogenados

LEILA COIMBRA
DO RIO

O grupo EBX estuda parcerias para entrar no segmento de fertilizantes, segundo o dono da empresa, Eike Batista. A Vale é uma das opções.
O objetivo seria uma sociedade em que se utilizasse gás natural produzido pela OGX, empresa de petróleo e gás de Eike, como matéria-prima.
“A Vale pode precisar de gás para industrializar alguns minérios, gerando energia. Mas também para fazer fertilizantes, amônia”, disse. “Aí você arruma sócio que tenha know-how e eu entro com gás”, afirmou o empresário, para quem o acordo pode formar “uma indústria gigante”.
A OGX descobriu recentemente uma megarreserva de gás natural na bacia do Parnaíba, perto do Maranhão, onde a Vale tem fábricas de nitrogenados. “Cada vez que se encontra mais gás, tem de se procurar mais mercado.”
Eike disse que a venda de gás poderia ser feita a US$ 5 (R$ 8,90) o milhão de BTU (unidade térmica britânica, que mede o poder calorífico do combustível), preço que é “competitivo”, segundo ele.

AEROPORTOS
Eike disse também que gostaria de firmar parceria com a empresa alemã Fraport para participar das licitações de concessão de aeroportos brasileiros. Ele afirmou ter sido informalmente convidado para a parceria no sábado passado, em almoço com dirigentes da empresa.
“Eles sabem que eu sou um empresário que gosta de investir na infraestrutura. E a Fraport, para mim, é um exemplo, porque o aeroporto de Lima é um espetáculo e a gente merece um aeroporto assim”, disse ele após participar do Encontro Brasil-Alemanha, ontem, no Rio.

Fonte: Folha de S. Paulo