Nos dias 17 e 18 de agosto serão realizados, pelo Governo Federal, os leilões de energia A-3 e de Reserva de 2011. A maior quantidade de projetos e de oferta habilitados são de fonte eólica, com 240 parques geradores e uma capacidade de 6.052 MW. As outras fontes que participam desses leilões são as termelétricas movidas à biomassa (principalmente de cana-de-açúcar), térmicas a gás natural e pequenas centrais hidrelétricas, além da ampliação da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estão habilitados para essa rodada 321 projetos que somam 14.083 Megawatts (MW) de capacidade de energia — veja tabela abaixo. A energia a ser contratada visa atender o mercado consumidor do país a partir de 2014.

Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, ressalta que o cenário desses leilões ainda não é o ideal. Isso porque fontes distintas concorrem entre si. “Acho que cada uma deveria ter um leilão exclusivo, para criar um mercado próprio, porque elas não têm o mesmo custo e, assim, não tem igualdade de competição”, afirma. Outro ponto que ele destaca sobre esses leilões é o fato de as energias térmicas a gás estarem no mesmo leilão. “Esse tipo de energia é menos poluente que uma termelétrica a óleo ou carvão, mas ainda assim não garante a redução de emissões de gases e ainda concorrem em custos com a eólica. Dependendo de como for a competição entre eólica e a gás não se sabe o que vai acontecer”, critica.

O leilão de energia A-3, dia 17, é aberto a todas as fontes cadastradas, enquanto o leilão de Reserva, a ser realizado no dia seguinte, será voltado exclusivamente para as fontes eólica e biomassa. A assessoria de imprensa da EPE explica que, no A-3 a energia será contratada pelas distribuidoras, para atender aos seus mercados consumidores. Já no de Reserva, a contratação será feita pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que só negociará a energia com as distribuidoras se houver uma necessidade de geração extra.

fonte: O Eco