O grupo maranhense Sá Cavalcante, que concentra suas atividades no Espírito Santo há 30 anos, volta a investir no Nordeste. Hoje e amanhã, lança dois projetos que envolvem investimentos de R$ 1,6 bilhão.
O empreendimento de maior porte (R$ 1,2 bilhão) será apresentado amanhã em Teresina (PI), onde serão construídos um shopping, um hotel, 20 torres residenciais e cinco comerciais.
De conceito semelhante ao do shopping Cidade Jardim, de São Paulo, ele tem, porém, “menos lojas e mais torres residenciais”, diz o vice-presidente, Walter Cavalcante.
Ainda no Nordeste, a empresa inaugura em novembro, em São Luís (MA), outro complexo com esse estilo.
“É nossa volta ao Nordeste. Retomamos os investimentos em São Luís, onde ainda temos vários terrenos que podem receber empreendimentos, e avançamos para Teresina”, diz o presidente do grupo, Walter de Sá Cavalcante Jr., pai do vice-presidente.
O empresário afirma que não trabalha com projeções de crescimento da economia da região. “Não fazemos pensando no futuro, mas considerando a falta [de oferta] que há atualmente no local.”
Hoje, em Vitória (ES), o grupo apresenta o Ilha Mall, investimento de R$ 388 milhões que inclui um shopping, duas torres com escritórios e uma arena esportiva para 7.000 pessoas, que será a nova sede do Vitória Futebol Clube.

TERMÔMETRO
A confiança do empresário da indústria está em queda tanto nas pequenas como nas médias e nas grandes companhias, de acordo com o índice da Fiesp e da CNI.
O indicador geral caiu de 57,9 pontos em julho para 56,4 pontos neste mês.
No Estado de São Paulo a queda foi mais forte, de 55,7 para 52,7. O impacto mais significativo ocorreu nas indústrias de médio porte, que registraram redução de aproximadamente cinco pontos.
“Todos os setores estão caminhando em uma situação desagradável”, afirma Paulo Francini, da Fiesp.
Ainda que o país apresente expansão na demanda, no emprego e na renda, a indústria doméstica tem tido dificuldade para se beneficiar devido à concorrência dos importados, segundo Francini.

FIM DA COMPRA
A Brasil Brokers adquiriu por R$ 1 os últimos 20% da Abyara Brokers que ainda não lhe pertenciam.
A opção de compra estava prevista desde agosto de 2008, quando foram negociados, por R$ 250 milhões, 51% do braço de intermediação imobiliária da Abyara.
Na época, a companhia foi avaliada em R$ 500 milhões, com base nas estimativas de faturamento para os três anos seguintes, mas o valor foi reduzido à metade.
“A performance acabou prejudicada devido à crise de 2008”, diz Alvaro Soares, diretor da Brasil Brokers.
“Como já tínhamos o controle da empresa, nada mudará em termos de gestão. A única diferença é que consolidaremos todo o lucro da companhia”, afirma Soares.
Os outros 29% da Abyara Brokers foram divididos em duas parcelas de R$ 1, em 2009 e em 2010.

Torneira A brasileira Metalbagno Spazi, de metais sanitários, vai investir em novos showrooms no Rio e em São Paulo. Também estão previstos negócios com hotéis para que renovem suas peças até a Copa e os Jogos Olímpicos. A empresa deve investir R$ 9 milhões nos próximos três anos, 27% no Rio. Até o final de 2016 serão até R$ 20 milhões.

BOLSA-ESPELHO
As Bolsas mexicana, australiana e europeias são as que apresentam as maiores semelhanças de oscilação em relação à de São Paulo, de acordo com levantamento da consultoria financeira Aditus.
A influência das ações de commodities é o principal fator que aproxima o índice brasileiro do australiano e dos demais países latino-americanos, segundo a companhia.
O estudo também questiona a ideia de que os papéis estejam desvalorizados e que seja um bom momento para a compra de ações no Brasil. A consultoria argumenta que, nos últimos cinco anos, o Ibovespa quase dobrou de valor, enquanto o índice de referência dos países emergentes saltou apenas 40%.
O estudo é baseado na correlação dos retornos financeiros em períodos de cinco dias.

APROVADO
A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) atingiu a marca de 240 mil licenças emitidas para profissionais venderem produtos financeiros.
A certificação foi criada em 2002 e é obrigatória para os agentes do mercado. No primeiro semestre, 17,7 mil pessoas, número recorde, obtiveram o certificado.
O índice histórico de aprovação na prova do CPA-10 é de 60%; o do CPA-20, 55%.

com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

 

Fonte: Folha