Ministério do Meio Ambiente vai promover diagnóstico da zona costeira. Ideia é fomentar, após essa ação, campanha de conscientização nacional.

RENATA MELIGA

Detentor de mais de 8.500 quilômetros de zona costeira, o Brasil enfrenta o desafio de minimizar um dos mais intensos problemas para conservação dos oceanos na atualidade: o lixo.
No Dia do Mar, celebrado dia 12/10, o analista ambiental Régis Pinto de Lima, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), informou que o ministério está buscando, por meio da Gerência Costeira, viabilizar recursos para um grande diagnóstico em toda a zona costeira brasileira. “De posse desse inédito diagnóstico, iremos fomentar uma intensa campanha de conscientização nacional para minimizar esse problema”.
O litoral brasileiro abrange 17 estados e mais de 400 municípios. Estudos apontam que bilhões de toneladas de lixo são jogados nos oceanos todos os anos. E, apesar de décadas de esforços para prevenir e reduzir o lixo no mar, há evidências de que o problema é persistente. Quase 80% do lixo marinho tem origem em fontes terrestres.
DIA DO MAR
Criada pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, a data comemorativa entrou em vigor no dia 16 de novembro de 1994. A iniciativa vem sendo ratificada por vários países. No Brasil, convencionou-se celebrar em 12 de outubro.
Segundo Régis Lima, a data é uma ótima oportunidade para refletirmos sobre esse gravíssimo e pouco conhecido problema que está afetando a biodiversidade marinha e diversas atividades humanas. “É preciso maior engajamento e conscientização da população nas questões ambientais”, destacou ele.
GESTÃO COSTEIRA
O MMA desenvolve dois projetos para proteger e promover o uso sustentável da biodiversidade marinha e costeira. Lançado em agosto de 2015, o Projeto TerraMar tem ações direcionadas para duas regiões, inicialmente. A primeira delas é a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, que abrange 14 municípios do litoral sul de Pernambuco e norte de Alagoas.
Já o Projeto Áreas Marinhas Protegidas (GEF Mar), vigente desde 2014, atua no apoio à criação e implementação de um sistema representativo e efetivo de áreas marinhas e costeiras protegidas (AMCPs).

Fonte: Ministério do Meio Ambiente