Um relatório divulgado na sexta-feira (7) pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), organização que reúne mais de 80 países, agências governamentais, ONGs e cientistas, aponta que os corais do Caribe estão vivendo um momento alarmante, com uma cobertura média de apenas 8% dos recifes da região, contra 50% na década de 1970.
Isso quer dizer que 92% das áreas de recife caribenhas não têm mais corais vivos sobre elas, ou seja, viraram simples rochas com algas e animais marinhos. E a ameaça a esse ecossistema vem de vários lados: da poluição, da pesca indiscriminada e do aquecimento global – que branqueia, causa doenças e mata os corais.
O texto da IUCN foi apresentado durante o Congresso Mundial sobre Conservação, que vai até o dia 15 na ilha de Jeju, na Coreia do Sul. Segundo a entidade, as taxas de declínio na maioria dos recifes não mostram sinais de desaceleração.
Apesar disso, áreas como as Antilhas Holandesas e as Ilhas Cayman têm sofrido uma deterioração menor, com uma média de 30% da cobertura de corais – até por estarem menos expostas ao impacto humano e a desastres naturais, como furacões.
Segundo o diretor do Programa Marinho e Polar Global da IUCN, Carl Gustaf Lundin, é preciso reduzir urgentemente a ação do homem se o mundo quiser manter os corais vivos nas próximas décadas.
Para isso, a entidade propõe limites de pesca, aumento das áreas de proteção ambiental, fortalecimento dos dados disponíveis em todas as regiões tropicais e uma menor dependência de combustíveis fósseis, como o petróleo – cujos gases contribuem para o efeito estufa, que aumenta as temperaturas da Terra e dos oceanos. (Fonte: Globo Natureza)