O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta quinta-feira (4) que está “firmíssimo” no governo, apesar de ter levado uma “bronca” há dois dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para não tratar em público as divergências internas do governo.
“O presidente disse que é mais adequado que algumas contradições, quando não houver consenso, que fossem tratadas dentro do ministério, arbitradas por ele”, afirmou. Minc disse ter o apoio do presidente. “Estou firme, firmíssimo. Tremei, poluidores”, disse.
Na semana passada, o ministro partiu para o ataque contra a bancada ruralista no Congresso, ao chamar representantes do agronegócio de “vigaristas”, e reclamou ao presidente Lula de colegas de ministério que, segundo ele, não cumpriam acordos acertados com a área ambiental. Nesta quinta, ele voltou a atacar a bancada ruralista. “Tem muita gente querendo tirar uma picanha do Carlinhos Minc”, disse pela manhã, na Câmara.
A atriz Christiane Torloni, que faz parte do movimento “Amazônia para Sempre” ao lado do também ator Victor Fasano, defendeu a permanência do ministro no cargo, após se reunir com o presidente Lula. “Vai ser muito ruim perder dois ministros do Meio Ambiente num mesmo governo”, afirmou a atriz. Ela se referiu à saída da ministra Marina Silva do cargo, no ano passado.
Torloni, Fasano, Minc e a líder do governo no Congresso, Ideli Salvati (PT-SC) entregaram a Lula nesta tarde o manifesto com um milhão de assinaturas em defesa da Amazônia. O ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) também esteve na reunião.
Fausto Carneiro Do G1, em Brasília
