A ministra destacou ainda a criação de um grupo de trabalho formado por seis economistas renomados para elaboração de uma lei agrícola plurianual, com o objetivo de dar “previsibilidade ao mercado e segurança jurídica aos produtores”
O Brasil construiu uma “poupança verde” à custa de investimento em tecnologia e em defesa agropecuária, disse a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), ao destacar os benefícios do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono).

A ministra esteve na capital catarinense nessa segunda-feira (22) para divulgar o Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, lançado no último dia 2. Durante abertura do 7º Congresso Brasileiro de Soja, Kátia Abreu lembrou que, para aderir ao Plano ABC, o produtor deve investir em recuperação de pastagens.
“Se hoje produzíssemos mais de 200 milhões de toneladas com a tecnologia que tínhamos 20 anos atrás, precisaríamos do dobro de área desmatada”, assinalou. “Construímos uma bela poupança verde à custa de tecnologia e defesa agropecuária”, completou.
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Linha atrativa
Na próxima safra, o programa disponibilizará R$ 3 bilhões a taxas que variam de 7,5% a 8%. De acordo com a ministra, a linha de crédito é atrativa para a compra de máquinas.
“O Plano ABC também é muito atrativo para a compra de máquinas. O programa requer reforma de pastagens, mas não exclui a possibilidade de compra de bovinos, por exemplo, desde que o produtor reforme suas pastagens. Muitas vezes as pessoas não se atentam para a grandeza e para o quanto esse programa é importante”, afirmou Kátia Abreu.
Além do ABC, o produtor que precisa de crédito para comprar máquinas e equipamentos pode lançar mão do Moderfrota e do PSI Rural, que nesta safra oferecerão R$ 10 bilhões sem limite por beneficiário.
Kátia Abreu afirmou aos agricultores catarinenses que o governo deu “atenção especial” a esses programas porque o investimento em máquinas e implementos afeta diretamente a produtividade no campo.
Lei agrícola
A ministra destacou ainda a criação, no início do mês, de um grupo de trabalho formado por seis economistas renomados para elaboração de uma lei agrícola plurianual, com o objetivo de dar “previsibilidade ao mercado e segurança jurídica aos produtores”. Entre os integrantes do grupo, está o economista e ex-ministro Delfim Neto.
Kátia Abreu ressaltou também que o Orçamento 2015 do Mapa prevê R$ 688 milhões para o seguro agrícola: “Não podemos ter dúvidas a respeito do seguro agrícola. Se não dermos credibilidade, não teremos respeitabilidade do mercado. Meu compromisso é não deixar repetir com o seguro agrícola o que aconteceu este ano. A desarticulação entre empenho e pagamento trouxe dificuldades. ”