André Clark Juliano, diretor da filial brasileira da Acciona destacou, durante Congresso de Inovação, que a retomada de crescimento do País passa pelo investimento em obras de infraestrutura sustentável, que abrirão espaço para o crescimento da Internet das Coisas (IoT) e de profissionais especializados
A retomada do crescimento da economia brasileira está estreitamente vinculada aos investimentos em obras de infraestrutura, perspectiva esta que, associada à evolução tecnológica e à sustentabilidade, pode alavancar o desenvolvimento do País. A avaliação é de Andre Clark Juliano, diretor no Brasil da Acciona – uma das principais empresas espanholas, líder global em promoção, desenvolvimento e gestão de infraestruturas, água, serviços e energia renovável -, e foi apresentada por ele durante o Congresso de Inovação 2016, no painel sobre Sustentabilidade e Competitividade, realizado nesta terça-feira (11/10), para um público de mais de 500 pessoas presentes ao Centro Universitário FEI, em São Bernardo do Campo.
“O PIB brasileiro só reagirá, nos próximos meses, através da alavanca de investimentos, em especial, em infraestrutura. E a sociedade escolheu que esta nova infraestrutura terá que ser sustentável, não poderá degradar o meio ambiente, terá que dar retorno social, e, em especial, terá que ser ética, aberta e transparente. Será sim baseada em competição através da tecnologia”, disse ele. Nesse sentido, o Brasil tem hoje um ambiente propício para que a Internet das Coisas floresça, e ela será determinante em diversos aspectos econômicos, sociais e também no setor de infraestrutura sustentável, afirmou Juliano, durante o evento que discutiu as megatendências mundiais para 2050, ligadas às atividades de engenharia e face ao crescimento da Internet das Coisas.
Em sua avaliação, a adoção das novas tecnologias abrirá espaço para novas oportunidades a profissionais especializados, em um contexto de aceleração da economia a partir do final de 2017. “Para esta retomada, é essencial e importantíssimo que o tripé representado por governo, empresariado e acadêmicos trabalhe junto, com o objetivo de levar o País a atingir a excelência em infraestrutura sustentável. O capital internacional também será primordial para este crescimento, e o País já está atraindo este investimento”, acrescentou.
O painel contou ainda com as participações de Marcos Blumer, CEO da Voith Hydro Latin América; Pedro Ernesto, diretor de TI da Scania América Latina; Rodrigo Perchio, responsável pela estratégia corporativa da Volkwsvagen do Brasil; Ricardo Sennes, sócio diretor da Prospectiva Consultoria Brasileira de Assuntos Internacionais. A moderação do painel ficou a cargo do Prof. Dr. Marcelo Pavanello, vice-reitor de Ensino e Pesquisa do Centro Universitário FEI.
Sobre a Acciona
A ACCIONA iniciou atividades por volta de 1860, com a construção das primeiras ferrovias da Espanha. É uma das líderes mundiais no desenvolvimento da infraestrutura privada do mundo, com um portfólio de € 11 bilhões, presente em 30 países e um quadro de 33 mil funcionários. Em 2015, seu resultado de vendas atingiu € 6,544 bilhões, com um crescimento de 7% em relação ao exercício anterior, e seu EBITDA foi de € 1,174 bilhão. Nos últimos cinco anos, entre 2010 e 2015, investiu € 876,4 milhões em inovação.
Compromisso com a sustentabilidade
A missão da ACCIONA é contribuir para o bem-estar social, o desenvolvimento sustentável e a geração de valor para as sociedades em que atua. Sua estratégia está centrada no crescimento econômico, no equilíbrio e no progresso ambiental e social.
Sua política, nessa área, está estruturada em quatro pilares: sustentabilidade e inovação, boa governança (com políticas anticorrupção, antitruste, gestão de riscos e qualidade), social (direitos humanos, RH, prevenção de riscos laborais e ação social) e ambiental (meio ambiente biodiversidade e luta contra as mudanças climáticas).
A luta contra as alterações climáticas está dentro das prioridades estratégicas da ACCIONA. Para atenuar os seus efeitos, a Acciona vai investir US$ 2,5 bilhões em energias renováveis nos próximos cinco anos. Neste ano de 2016, a companhia assumiu o desafio de ser neutra em carbono em todas as suas atividades globais. Trata-se de reduzir ao mínimo as emissões de CO2 associadas às suas operações e compensá-las através de sua própria atividade ou a aquisição de certificados de CO2. Em 2015, por exemplo, a empresa evitou emissões de 17,2 milhões de toneladas de C02.
Sua Política de Sustentabilidade é reconhecida por sua inclusão em reputados índices de sustentabilidade, como Dow Jones Sustainability (DJSI World), FTSE4Good, MSCI Global Climate Index, CDP Climate Performance Leadership Index 2014, CDP Iberia 125 Climate Disclosure Leadership Index 2014 y CDP Supplier Climate Performance Leadership Index