Prefeito de Porto Alegre está pessimista com impasse e exclusão da Copa pode acontecer

Beira-Rio pode ficar fora da Copa do Mundo (crédito: Internacional/Divulgação)

Beira-Rio pode ficar fora da Copa do Mundo (crédito: Internacional/Divulgação)

A situação das estruturas temporárias no estádio Beira-Rio, do Internacional, em Porto Alegre, começa a ganhar contornos dramáticos. A menos de três meses para o início da Copa do Mundo, as obras no local ainda não começaram. Pior. Não há, até o momento, dinheiro para custear a construção das estruturas. Estimadas entre R$ 20 e 30 milhões, as obras podem tirar Porto Alegre da Copa do Mundo, afirmou o prefeito da cidade, José Fortunati, em entrevista à Rádio Gaúcha.

“É o gargalo da Copa, uma situação difícil. Isso, sim, preocupa, não as obras no entorno. O que me angustia são as estruturas temporárias. Se o projeto não for votado, não teremos Copa em Porto Alegre. Não tem plano B, nem C, nem Z”, disse o prefeito.

Em fevereiro, o presidente do Internacional, Giovanni Luigi, também demonstrou um tom não muito otimista sobre a situação das estruturas temporárias. De acordo com o dirigente, o risco de perder a Copa existe.

“Existe, sim, o risco de perdermos a Copa. E ele não é pequeno. A parte que o Internacional vai pagar é a maior de todas. Além do estádio, estamos cedendo todas essas áreas (Gigantinho, Centro de Eventos e edifício-garagem) para as estruturas temporárias. As outras questões referentes a estruturas temporárias, o Inter não assumirá”, disse Giovanni Luigi, também em entrevista à Rádio Gaúcha.

Agora, o Internacional espera pela resolução positiva do projeto de lei que tramita na Assémbleia Legislativa do Rio Grande do Sul para a aprovação isenção fiscal de parceiros que realizem a constução de estruturas. De acordo com o projeto, a proposta concede isenção de ICMS para a iniciativa privada até o limite de R$ 25 milhões, além de permissão para explorar espaços publicitários durante o evento.

As estruturas temporárias vão abrigar, no entorno do Beira-Rio, as áreas de imprensa, energia, tecnologia da informação e segurança, entre outras, necessárias para a organização da Copa. A maioria dos objetos será desmontado com o fim do Mundial.

Fonte: Portal 2014