A Terra é monitorada pelo programa Landsat desde julho de 1972, produzindo imagens de satélite que fornecem importantes recursos para a compreensão de nosso planeta. Sete satélites já fizeram parte do programa, mas apenas seis conseguiram chegar até a órbita do planeta. Atualmente dois satélites, os Landsat 5 e 7, estão em operação, e outro deve ser lançado em 2013. Abaixo podemos ver uma seleção de algumas das melhores imagens feitas pelo programa ao longo de seus 40 anos. O material foi divulgado pelo Observatório da Terra, cuja missão é compartilhar com o público as imagens, histórias e descobertas sobre o clima e o ambiente que surgem a partir de pesquisas da NASA.

Nesta imagem é possível ver os terríveis efeitos do desmatamento no estado de Rondônia. A imagem da esquerda é de 1972, e mostra a floresta praticamente intacta. Na imagem da direita, feita em 2012, os impactos do desmatamento são claramente visiveis.


A primeira imagem em alta resolução, tridimensional e em cores verdadeiras feita da Antártida foi construída a partir de mais de 1.100 imagens do satélite Landsat 7 adquiridas entre 1999 and 2001. Foram precisos anos de trabalho até a divulgação da imagem final em 2007.


O programa Landsat registrou a devastação ambiental causada pela Guerra do Golfo em 2001, quando mais de 650 poços de petróleo foram incendiados no Kuwait. Eles ficaram em chamas por 10 meses, e foram necessários 11.450 trabalhadores de 38 diferentes países para apagar todos os incêndios.


O programa Landsat foi testemunha das inovações técnológicas no campo. Em 1972 o interior do estado norte-americano do Kansas era dominado pelos tradicionais campos retangulares, que dependiam da chuva para serem irrigados. Em 2012 as técnicas de irrigação modernas fazem com que o visual mude radicalmente.


As linhas de fronteiras entre países normalmente só podem ser vistas nos mapas escolares, mas a realidade política e econômica as vezes fica bem clara quando observada do espaço. Esta imagem de 1988 da fronteira entre o México e a Guatemala mostra o desmatamento do lado mexicano, e foi a responsável pelo início das discussões entre os presidentes dos dois países que levaram à cooperação para a preservação das florestas.


Em 1988 um gigantesco incêndio florestal destruiu mais de 3.000 km2 do Parque Nacional de Yellowstone. A área em vermelho mostra a cicatriz causada pelas chamas. Incêndios de grandes proporções como este costumam ocorrer em intervalos de 100 a 300 anos, e são importantes para devolver os nutrientes ao solo das regiões montanhosas. Mas estudos recentes apontam que as mudanças climáticas podem diminuir o intervalo entre esses incêndios, o que poderia levar a uma alteração completa do tipo de vegetação daquela região até 2050.


Pequim é a segunda maior cidade da República Popular da China, e uma das mais antigas do mundo. Nas últimas quatro décadas cresceu para se tornar uma das cidades mais densamente populadas do planeta. Na imagem da esquerda, feita em 1978, a população da cidade era de aproximadamente 7,9 milhões de pessoas. A Pequim de 2011, na direita, explodiu para mais de 12 milhões de habitantes.


O desmatamento na região de Madre de Dios, na Amazônia Peruana, cresceu assustadoramente nos últimos 7 anos. Em 2011 as imagens feitas pelo Landsat 5 chamaram a atenção da comunidade científica, que ao investigar a região encontrou não apenas a devastação causada pelo desmatamento, mas também indícios do envenenamento por mercúrio da população e da vida selvagem. ((o))eco, mais rápido que os satélites,  já havia estado por lá em 2010,, relatando todo o impacto causado pela mineração.

Paulo André Vieira

Fonte: Site O eco