A Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) deve remanejar cerca de 20 dos 30 patos que vivem no parque Roberto Genaro, no Jardim Sumaré, a partir de quinta-feira (8). O objetivo da medida é reduzir a superpopulação dessas aves na área de lazer.

Ao menos dez animais serão levados para o parque Curupira. O restante deve ser encaminhado para o parque Tom Jobim ou para o Bosque Fábio Barreto.

“Vamos ver onde é mais seguro, porque no Tom Jobim tem alguns alambrados abertos. Temos medo de que os animais sejam furtados”, diz o chefe do Divisão de Praças e Parques Públicos, Carlos Henrique Toldo.

As aves serão capturadas pelos próprios funcionários da Divisão de Parques Públicos e transportadas em um veículo cedido pelo Centro de Controle de Zoonoses.

Silva Junior/Folhapress
Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) vai remanejar cerca de 20 dos 30 patos que vivem no parque Roberto Genaro
Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) vai remanejar cerca de 20 dos 30 patos que vivem no parque Roberto Genaro

A transferência, de acordo com Toldo, é a opção mais eficiente encontrada para controlar a população dos patos existente no parque.

“Já pensamos em recolher os ovos, mas as fêmeas botam perto das cachoeiras e só percebemos quando os patinhos nascem”, afirma.

Segundo Toldo, essa será a primeira transferência de animais feita no parque. No final do ano passado, uma família de patos também teve de ser retirada do parque Luis Carlos Raya para reduzir a superpopulação.

Segundo a bióloga Ana Carla Aquino, do Departamento de Biologia da USP de Ribeirão, a transferência é uma solução temporária para reduzir o número de animais nos parques.

As fêmeas dessa espécie, chamada de Cairina moschata, podem botar de 8 a 16 ovos por ninhada.

A especialista diz que pesquisas estão testando o funcionamento de anticoncepcionais em pombos, mas que ainda não há método “químico” de controle de natalidade das aves.

“Se mudar de lugar, os patos vão continuar se reproduzindo, a não ser que haja limitação de alimento, por exemplo, ou restrição no habitat”, afirma.

fonte: Folha de Sp