A descoberta recente do potencial de um mineral deve aumentar a eficiência energética dos painéis solares e, assim, expandir seu uso.
Chamada de perovskita, essa classe de minerais é excelente em absorver luz e conduzir eletricidade: a receita ideal para um painel solar.
Em menos de cinco anos de estudos, a perovskita atingiu a eficiência que outros materiais levaram 30 anos para alcançar. Pesquisas apontam até 22% de aproveitamento da radiação solar, índice igual ao de alguns tipos de célula solar já à venda.
A perovskita também é mais barata do que o silício, que hoje representa 90% do mercado, e pode ser obtida no laboratório a partir de uma reação simples.
“O uso da perovskita em células solares é revolucionário”, afirma Ana Flávia Nogueira, química e coordenadora do Laboratório de Nanotecnologia e Energia Solar (LNES), na Unicamp.
Lá são desenvolvidas as primeiras pesquisas com o material para a geração de energia do país.
A ciência diz acreditar que em poucos anos a perovskita deve atingir a mesma eficiência do sicílio monocristalino, que tem eficiência de 25% e é o mais potente.
A equipe do LNES já criou células de perovskita com 13% de eficiência. Mas é preciso mais: para a comercialização, a eficiência tem que ser acima de 15%. (ELB)
Fonte: Folha de S. Paulo
