O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) lançou recentemente um programa africano de combate às mudanças climáticas. A iniciativa busca reforçar a capacidade de resposta dos países vulneráveis ao problema.

Moçambique foi o país selecionado pela ONU para receber a implementação do projeto-piloto, que envolve 20 nações do continente. Segundo o Pnud, a escolha da capital moçambicana, Maputo, foi feita em reconhecimento dos esforços governamentais para combater o aquecimento global.

A iniciativa do Pnud pretende melhorar a capacidade de resposta dos países africanos por meio de ações preventivas, além da criação de uma base para investimentos em longo prazo. De acordo com a agência da ONU, a materialização do programa em Moçambique resulta da elaboração, em 2009, de um importante estudo de abrandamento do impacto das calamidades naturais que têm assolado sistematicamente o país.

O director do Pnud em Moçambique, Jocelyn Mason, elogiou os esforços do executivo de Maputo na luta contra as alterações climáticas, mas defendeu apoios financeiros urgentes para lidar com os efeitos no país. “O fundo para adaptação às mudanças climáticas dos países desenvolvidos deve ser imediatamente disponibilizado para os países em desenvolvimento. Para fazer melhor uso deste fundos, os governos dos países em desenvolvimento devem estar completamente equipados com os conhecimentos e a capacidade de elaborar, financiar e implementar estratégias de desenvolvimento que promovam resistências ao clima”, defendeu Mason.

Financiamento
Em 2007, o governo moçambicano apresentou um plano de ação contra as mudanças climáticas, cujos resultados podem reforçar o combate ao aquecimento global.

O embaixador do Japão em Maputo, Susumo Segawa, anunciou na quarta-feira, 3 de março, um financiamento de US$ 92 milhões para apoiar os 20 países africanos (incluindo Moçambique), a implementar o programa denominado “Abordagem Integrada e Abrangente de Apoio para a Adaptação às Mudanças Climáticas”.

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