O prefeito de Itatiaia, Luiz Carlos Bastos (PP) defende a redução do parque do Itatiaia sob a justificativa de que a parte baixa já tem feições urbanas –possui linha de ônibus regular, recolhimento de lixo e rede elétrica, por exemplo.
O parque nacional foi o primeiro criado do Brasil, em 1937. Mas sua situação fundiária nunca foi resolvida.
Os primeiros moradores pertenciam a um ex-núcleo colonial criado para incentivar a agropecuária na região. Segundo Bastos, o antigo núcleo colonial iniciou a recuperação da mata na região, degradada pela criação de gado.
Ambientalistas dizem que os moradores acabaram vendendo suas áreas e que, hoje, não há habitantes originais do ex-núcleo no parque. O problema fundiário se agravou com os anos –novas construções foram feitas e houve o parcelamento irregular de lotes.
Segundo a administração do parque, das cerca de 80 propriedades com casas, somente dez são de famílias que efetivamente moram no local –as demais são de veranistas. A reportagem tentou ouvir ontem a AAI, sem sucesso.
Afra Balazina
da Folha de S.Paulo