Olha, não disponho de qualquer instrumento eficaz que me permita aferir o que eu mesmo vou supor, mas – dada a minha vivência (que é pouca, reconheço) com a coisa pública e, aliado a alguns poucos estudos que consigo fazer com raros papéis e dados que me chegam às mãos, posso opinar (e assumo todos os riscos morais por isso), sem obrigar quem quer que seja a acompanhar meu raciocínio (mas já disse e repito, se errar- erro por pouco), que em ambas as regiões cobertas por este Modesto Blog de Opinião, sendo: Sul Fluminense e Litoral Norte Paulista, há -e continuará havendo (agora mais drasticamente ainda) uma diferença econômica abissal entre os vizinhos. Ao que nesta Modesta Crônica evoluirei sob a chamada de Primo Pobre e Primo Rico.

Em minhas contas (já disse, são precárias e altamente sujeitas a distorções), haverá um pequeno decréscimo nas previsões orçamentárias, que perderão forças a partir do segundo semestre. Ambas as regiões estão compreendidas (a meu ver) na área de influência direta e indireta dos maiores empreendimentos de petróleo e gás, do Brasil. Isso, por si só, será um dos principais alavancadores da linha em curva.

Angra dos Reis (suponho- é claro) deverá subestimar sua receita (quando sobreposto na leitura dos últimos anos), prevendo crescimento no máximo na casa dos 6%. Então, deverá prever para 2010 algo em torno de R$ 490 milhões ( considerando haver transferências futuras de obras do PAC), e desconsiderando aqui nessa crítica o acordo com a Eletronuclear, pois ainda não está claro a forma de repasse; logo, é o primo rico.
Em Paraty, não tive acesso a nada, ainda, mas asseguro que será o primo pobre. Em Ubatuba, segundo o próprio Prefeito EDUARDO CÉSAR, alguma coisa próxima dos R$ 200 milhões, no contexto regional- é o primo pobre.

Em Caraguatatuba, impossível pra mim estimar agora, pois ainda não está disponível os aportes advindos da unidade de tratamento de gás (a maior do país), mas eu chegarei lá, mas é um dos primos ricos da história.

Em São Sebastião, também há muita incerteza, por conta da expectativa da redivisão dos royalties do petróleo, da própria operação do Gás do Campo de Mexilhão e dos possíveis aportes novos com a previsão de ampliação do Porto e do Terminal Marítimo da Petrobrás, mas certamente não será menos que R$ 300 milhões, percaptamente, o primo mais rico de todos desta modulação.

E quanto a Ilhabela, estou tentando algo e semana que vem – se conseguir- estimarei também, mas é da classe dos primos pobres- dadas as condições desta evolução.
Os valores estimados são anuais e carecem de muita coisa, principalmente fundamentos mais sólidos. Mas eu opino e aguardo pra ver o tanto que errei.

Fonte: Blog – http://programadeopiniao.blogspot.com/