Relatório divulgado no mês passado pelo Tribunal de Contas apontou superfaturamento nas obras

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Nesta terça-feira (01), membros do Comitê Organizador Local (COL) e representantes de diversas áreas do Governo Federal, do Governo do Distrito Federal, estiveram em Brasília para debater os planos operacionais durante a Copa do Mundo. Medidas nas áreas de transporte, mobilidade, aeroportos, acomodações e receptivo turístico, saúde e vigilância sanitária, segurança, cultura, meio ambiente, telecomunicações e energia foram debatidas para preparação do megaevento.

As discussões sobre os planos, no entanto, ficaram em segundo plano. O principal foco foram as suspeitas de superfaturamento levantadas após a divulgação de um relatório, produzido pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, sobre o valor do Estádio Mané Garrincha. O levantamento, publicado no mês passado, detalhou o que foi gasto na construção do local. Estimado em R$ 700 milhões, a obra foi concluída com um valor de R$ 1,4 bilhão. Aliado a isso, R$ 431 milhões, que envolviam a compra indevida de materiais e outras ações, ainda não haviam sido corrigidas, o que pode elevar o custo do estádio a R$ 1,6 bilhão.

Mesmo assim, o secretário-extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro, afirmou que tudo isso está sendo feito para ”estragar a festa”. “Me parece que esse levantamento é idêntico ao que foi feito a 100 dias da Copa das Confederações. É a turma do fura-bolo, que quer estragar a festa – afirmou Cláudio Monteiro, durante reunião para discutir os planos operacionais.

De acordo com Cláudio Monteiro, as suspeitas do Tribunal de Contas são infundadas, já que o órgão acompanhou a obra desde o início. “Isso é uma suspeita inexistente. Até porque, devemos lembrar que o Tribunal de Contas tinha um escritório permanentemente dentro do estádio e acompanhou o dia a dia da obra. Esse levantamento, nós vamos responder”, concluiu Claudio Monteiro.

Fonte: Portal 2014