Governos, empresários, líderes políticos, esportistas, entidades civis e o povo brasileiro estão certos de que o Brasil vive, desde já, a véspera de uma Copa do Mundo. Para o setor turístico, isso significa uma chance real de mostrar ao mundo que o Brasil não é – apenas – o país do futebol. Segundo o ministro do Turismo, Luiz Barretto, “hospitalidade, calor humano e talento para jogar futebol são fatos. O grande desafio do Brasil e dos brasileiros é dar exemplo de gestão, organização e administração”.

A afirmação foi feita na manhã desta terça-feira (09), durante a solenidade de abertura do Seminário Internacional Copa de Futebol 2014 em São Paulo, na Assembleia Legislativa do Estado. Para Barretto, a Copa deve fortalecer o ciclo de consolidação do Brasil no cenário internacional e sua participação efetiva na geopolítica mundial. “A Copa põe na vitrine as nossas características. O que queremos mostrar é que o Brasil tem todas as condições de se tornar um destino altamente desejado pelo que ele é e pelo que oferece em termos de infraestrutura, receptivo, riqueza sócio-cultural”.

Para o deputado estadual Vicente Cândido (PT), presidente da Comissão de Esporte e Turismo da Alesp, investir em turismo e esporte é viabilizar a construção da cidadania brasileira. “Precisamos pôr todo o time em campo e começar o aquecimento para 2014. Portanto, esse é um momento para desconstruir divergências. Turismo e esporte são investimentos prioritários, assuntos complementares e dever de todos os envolvidos”, observou.

De acordo com a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, os municípios do interior paulista já começaram a se mobilizar para mostrar sua capacidade de organização. Cerca de oitenta cidades que pleiteiam sediar centros de treinamentos das seleções durante o Mundial já o fizeram formalmente. “Esses municípios protocolaram, Secretaria de Estado de Lazer, Esporte e Turismo, uma documentação técnica que inclui os roteiros turísticos oferecidos no local. É o caso de Ribeirão, que tem 560 mil habitantes, rede hoteleira com mais de 7 mil leitos, e histórico de recepção de amistosos da seleção brasileira”, afirmou.

Se a Copa é sinal de transformação, no país do futebol, é sinônimo de renascimento. Para o secretário municipal de Esporte, Lazer e Recreação, Walter Feldmann, o esporte vai ocupar um papel determinante no país, na próxima década. “Há dez anos o país persegue melhorias sociais e através do esporte temos essa alavanca de transformação. Não podemos perder a oportunidade de transformar um projeto esportivo em um projeto de país. A Copa diz respeito à economia, mas sobretudo ao desenvolvimento e à qualidade de vida.