O governo do Senegal comprou em Dacar a casa do poeta Léopold Sédar Senghor, com a intenção de fazer dela um museu, que levará o nome do ex-presidente do país e poeta da Negritude, morto há dez anos. A informação foi divulgada no último domingo (13) pelo Conselho de Ministros do país.

Segundo o texto, “o museu vai enriquecer o patrimônio cultural senegalês e contribuir para preservar uma parte importante da história de nosso país e de todos os africanos”.

A casa de Senghor, desocupada e vigiada por forças de segurança, fica no bairro exclusivo de Fann, abrigando inúmeros objetos de arte e livros.

O ex-presidente senegalês passava muito tempo na residência, após ter deixado o poder no Senegal, país que dirigiu de 1960 a 1980.

Nascido em 1906 em Joal (oeste do Senegal), Léopold Sédar Senghor faleceu no dia 20 de dezembro de 2001 em Verson (França).

Poeta e escritor, Senghor cantou a Negritude, um movimento de defesa dos valores culturais do mundo negro, que fundou nos anos 30 com Aimé Césaire (Marticnica) e Léon Gontran Damas (Guiana).

Foi o primeiro africano a ser eleito membro da Academia francesa.

Frank Perry/France Presse
Foto do poeta e ex-presidente do Senegal, Leopold Sedar Senghor, tirada na França em 1985