Um pingüim encontrado morto na praia de Pedras Brancas, em Barra Velha (SC), na tarde desta segunda-feira, chamou a atenção de moradores, como a Renata Tebechrani Alvarenga. “Pelo que pude perceber fazia pouco tempo que ele estava lá. Uma pena…”, diz.

A cena tem sido freqüente desde o início do inverno e, apesar de impressionar, tende a ser comum nesta época do ano. Segundo a Polícia Militar Ambiental, muitos dos animais que chegam à orla são jovens, ainda têm pouca habilidade de pesca, estão debilitados ou enfraquecidos e, por isso, acredita-se que eles sejam resultado de uma seleção natural que acontece durante o processo migratório.

Todo ano, no mesmo período, eles saem da Patagônia, na Argentina, em direção a águas mais quentes, onde podem encontrar comida. “Os mais sadios permanecem pescando, em local mais afastado. Quando encontram alguma dificuldade, vão para a costa se reidratar, descansar”, explica o capitão Marledo Egídio Costa, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental de Florianópolis. “Apesar de não existir um estudo conclusivo, há esta teoria”, diz.

Segundo ele, é possível notar a fragilidade e a pouca estrutura muscular dos animais que chegam à praia, e a maioria morre antes. Neste ano, pelo menos 12 pinguins encontrados no Estado já foram levados e se encontram em tratamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para voltarem ao mar.

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