A capacidade de geração de energia eólica no Brasil subiu 73% em 2012 na comparação com o ano anterior, chegando a 2,5 gigawatts de potência instalada em 108 parques eólicos, afirma um relatório da Associação Brasileira de Energia Eólica ABEEólica.
Houve um acréscimo de 40 parques com relação a 2011, ano em que a capacidade de produção era de 1,4 gigawatts, segundo a associação.
Em média 7,5 milhões de pessoas foram abastecidas com energia de origem eólica por mês, de acordo com a instituição. O número é pouco maior do que a população da cidade do Rio de Janeiro, de 6,3 milhões, segundo dados do censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
O aumento da capacidade foi resultado de investimentos de aproximadamente R$ 3,5 bilhões, que geraram 15 mil postos de trabalho diretos e indiretos, ressalta a ABEEólica. A média mensal de produção foi de 556 megawatts em 2012, com um máximo de 771 megawatts em outubro, o que significou um recorde, de acordo com a associação.
Mesmo assim, o setor representa só 2% da capacidade de geração total de energia do país, que é dominada pela hidrelétrica, com 84,3 gigawatts de potência instalada, o que equivale a 69% do total.
Além da energia de origem hidrelétrica e eólica, 27% da potência de geração no Brasil está nas termoelétricas e 1,9%, nas usinas nucleares.
A previsão da ABEEólica é que a capacidade instalada no uso dos ventos para produzir energia elétrica cresça 141% em 2013, na comparação com 2012, chegando a 6 gigawatts. O setor eólico pode receber investimento de até US$ 10 bilhões entre 2013 e 2017, ainda de acordo com a associação.
O relatório divulgado pela ABEEólica aponta ainda que o uso de energia eólica permitiu evitar a emissão de 1,2 milhão de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Os novos parques usam aerogeradores mais potentes e que alcançam altura de até 100 metros, diz a associação.