O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da abertura do 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo, destacando a grande contribuição da agricultura e da pecuária para a economia brasileira, mas também cobrando do governo federal condições para que o custo de produção seja menor. O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, acompanhou o governador no evento da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), e ressaltou a importância de a Secretaria estar conferindo de perto as novidades do setor. 

 
“O Brasil trocou a inflação pelo impostão. Nós criamos custo o dia inteiro. É um país que antes de ficar rico, ficou caro”, opinou o governador, apontando a necessidade de investimentos em logística em todo o Brasil para diminuir os custos da produção agropecuária. Alckmin lembrou que esta é uma forma de tornar a produção brasileira mais competitiva globalmente, o que pode aumentar as exportações e ajudar ainda mais no equilíbrio da balança comercial brasileira. 
 
O governador lembrou que “o setor agropecuário é o que tem trazido mais boas notícias para o Brasil, é quem está segurando a economia”, por isso a importância em se investir em ferrovias, rodovias e hidrovias, por exemplo, como forma de escoar melhor a produção brasileira e diminuir o chamado custo Brasil – que conta ainda com altas taxas de juros federais. “Em São Paulo, por exemplo, temos o menor imposto sobre o álcool, 12%. Isso não é discurso, é na prática”, apontou Geraldo Alckmin. 
 
Para Arnaldo Jardim, o governador se mostra cada vez mais afinado e atento às necessidades do campo. “A presença do governador afirma o compromisso dele com a questão da agricultura e do setor agropecuário de São Paulo e do Brasil. Ele destacou que o Estado estará muito sintonizado com aquilo que é agora a nova referência, que é buscar a produção integral, 365 dias ao ano, e a integração lavoura e pecuária e depois lavoura, pecuária e florestas”, adicionou o secretário. 
 
Arnaldo Jardim destacou ainda “a expressiva participação de toda a cadeia produtiva, o setor de equipamentos, insumos, todos integrados aqui” e considerou que a presença da Secretaria de Agricultura e Abastecimento foi extremamente produtiva. “Isso orienta o nosso trabalho do ponto de vista de pesquisa, de conceito e de extensão rural”, explicou o secretário. 
 
Líder mundial 
 
Se o agronegócio tem sido o esteio da economia do Brasil, a produção brasileira ganhará mais atenção ainda com a perspectiva de que o País será o futuro líder mundial de fornecimento de alimentos. O ministro Aldo Rebelo, da Ciência, Tecnologia e Inovação, admitiu que “o Brasil vive um momento de ajuste necessário em sua economia em busca da retomada do crescimento”, mas destacou que “todos querem cooperar com o Brasil nas áreas de energia e alimentos”. 
 
Para a Abag, o Brasil será líder e referência na produção de alimentos em todo o planeta, e deve investir em uma forte resposta tecnológica para responder a esse desafio. Realizando ainda ganho de eficiência nas carnes, aumento da produção de grãos e descarbonizando os combustíveis. De acordo com Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag, “o Brasil tem recursos naturais e tecnologia para essa liderança”. 
 
O 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio que terminou hoje (4), discutiu temas como segurança alimentar e renda, produção integral 365 dias por ano, alimento e energia, integração entre pecuária-agricultura-florestas e sustentabilidade ambiental.