Chefe da delegação, Kitty Chiller, confirmou o material, mas evitou polemizar

Mesmo depois de selar a paz com o prefeito Eduardo Paes, a delegação australiana segue receosa quanto a sua estada no Rio de Janeiro.

De volta a Vila Olímpica após os reparos estabelecidos no prédio que os abriga, o time da Oceania pregou nas paredes dos apartamentos uma cartilha de segurança que recomenda aos seus atletas para que não visitem favelas e alerta as mulheres para não saírem sozinhas pela cidade. Outra recomendação pede para que os atletas avisem aos líderes da equipe quando deixarem a Vila. 

 
Kitty Chiller, chefe de missão da Austrália, confirmou a existência do material, mas evitou polemizar. “Na verdade, nós temos algumas precauções de segurança para todas as cidades aonde vamos. Precisamos nos certificar que todos os nossos atletas estejam em segurança e por isso decidimos criar este aviso educativo. Foi só isso”, afirmou Chiller.
 
Canguru boxeador de Eduardo Paes representa conquista histórica do esporte australiano
Porta-voz da delegação australiana, Mike Tancred seguiu a mesma linha de sua colega e colocou panos quentes na polêmica. “O Rio já se mostrou uma cidade maravilhosa. Estamos seguros aqui. Seremos muito bem recebidos e tenho certeza que vamos adorar a cidade”, disse.
 
Há um mês, a velejadora Liesl Tesch, um dos principais nomes do esporte paralímpico australiano, sofreu um assalto à mão armada no Rio quando pedalava no Aterro do Flamengo. Tesch relatou na época o ocorrido em suas redes sociais. “Ele [o assaltante] murmurou alguma coisa em português, levantando a arma. Imaginando que ele queria dinheiro, levantei minha blusa para mostrar que não tinha nada. Foi quando ele me deu um empurrão e caí no paralelepípedo com a bicicleta entre as pernas”, escreveu a atleta no Facebook.
 
Fonte: R7