Queda no preço e aumento da oferta de passagens e da demanda contribuem para o setor
A expectativa da Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo (Abav-SP), que representa mais de 50% do mercado de viagens do Brasil, é de um crescimento de até 5% para as viagens de lazer no período compreendido entre o Natal e o Réveillon. A estimativa é baseada no crescimento da oferta aérea de 9% e da demanda por viagens aéreas de 2%. Soma-se a isso, os valores mais baixos das tarifas, quando comparadas a igual período do ano passado. No segundo semestre de 2014, a realização do megaevento Copa do Mundo e das eleições foram responsáveis por uma redução das viagens a lazer no segundo semestre do ano. Levantamento informa que só em outubro, com as eleições, a diminuição da venda de bilhetes atingiu 10%.
No segmento corporativo, os preços dos bilhetes aéreos domésticos aumentaram em média 4% no terceiro trimestre deste ano e houve um incremento de 17,9% no número de passagens emitidas em voos nacionais, em comparação a 2014, segundo levantamento da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). No histórico, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que monitora um grupo de rotas, apresentou redução de 57,35% entre 2005 e dezembro de 2014. A tarifa média passou de R$ 622,80 há dez anos para R$ 283,59 no final do ano passado.
Durante o período de festas de fim de ano, as regiões que apresentam maior fluxo de turistas são: Rio de Janeiro, Bahia, Serras Gaúchas, Litoral de Santa Catarina, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Pantanal, além de destaque para as viagens dentro do Estado de São Paulo. “Temos um interior fantástico e praias belíssimas, com excelentes opções de hotéis e resorts, além de pousadas simpáticas e muito confortáveis e o principal, com preços acessíveis”, afirma Marcos Balsamão, presidente da Abav-SP.
Já, as viagens internacionais devem sofrer uma leve queda por conta do câmbio desfavorável, mas ainda estão no orçamento de algumas famílias brasileiras. “Como sabemos, viagens internacionais estão, em sua maioria, ligadas às compras. Com a alta do dólar, o viajante pode diminuir um pouquinho as compras, se hospedar em hotéis mais econômicos ou, ainda, negociar melhores condições com hotéis de categoria superior por intermédio de seus agentes de viagens, e, como consequência, usufruir mais das atrações do destino. Não existe nada melhor do que viajar e experimentar as cidades como se fossem cidadãos locais”, explica Balsamão. O recém-empossado presidente ressalta que o hábito de viajar a lazer já foi incorporado ao cotidiano e não deverá ser esquecido. “Os brasileiros já adquiriram grande parte dos bens de consumo duráveis que sentiam necessidade e aprenderam que as viagens podem oferecer diversos benefícios e bem estar às famílias e aos indivíduos”, analisa.