Por Fernanda Valente
Somos uma mistura. Nossa herança comportamental é histórica. Dos índios, herdamos a beleza e vaidade; dos portugueses, a capacidade de negociação e troca; dos espanhóis, um pouco de ira e impulso; dos africanos, a criatividade; dos japoneses, a forma, entre tantas e outras trocas. Somos compostos de várias etnias e por isso, o jeito brasileiro é uma cultura própria. Na política, nos comportamos como torcedores de campeonatos de futebol, e é do mesmo jeito nas Olimpíadas. É grito, vaia, palmas, assovios, ira, alegria, emoção.
Os brasileiros torcem também para os adversários. Os estrangeiros, de uma etnia própria, de comportamento frio e sério, podem achar tudo isso estranho. Da mesma forma como achamos estranha a frieza de comportamento de pessoas de outros países. Para alguns somos bagunceiros, mal educados, violentos. Já outros, nos acham festeiros, alegres e hospedeiros. Depende muito dos olhos de quem vê e em todas as culturas, não é algo que se mude.
Nossa cultura é tão forte que se complementa e cresce a cada dia. Misturamos inglês com português. Nossa alma quer receber tudo o que outro tem. Copiamos tudo e modificamos. Criamos. Dentro disso tudo, qual cultura devemos seguir? Não existe o comum por aqui, somos compostos.
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