Este ano, estima a Organização Mundial da Saúde, doenças relacionadas ao tabagismo matarão seis milhões de pessoas, incluindo 600 mil não-fumantes
O tabaco matará quase seis milhões de pessoas este ano, incluindo 600 mil não-fumantes, segundo alerta divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta terça-feira (31), Dia Mundial Sem Tabaco. A OMS ressalta que os governos não estão fazendo ações suficientes para convencer as pessoas a largar o fumo.
Devido aos atrasos em ações contra o fumo e seus problemas à saúde, a OMS estima que em 2030 o número de mortes anuais decorrentes do tabaco pode chegar a 8 milhões de pessoas. Especialistas em saúde das Nações Unidas pediram que os governos sejam mais ativos no controle ao tabaco e alertaram que, caso as tendências persistam, o cigarro poderá causar até um bilhão de mortes em todo o século XXI, 100 milhões de mortes a mais do que no século XX.
Até agora, 172 países e a União Europeia assinaram o Convênio para Controle do Tabaco da OMS, que entrou em vigor em 2005, determinando a adoção de medidas a longo prazo para cortes no índices de fumantes e limitação da exposição à fumaça de segunda mão. Também prevê o controle de propagandas de tabaco. A OMS destacou algumas ações encorajadoras. No Uruguai, as advertências de saúde devem cobrir 80% dos maços de cigarro. A China, no mês passado, proibiu o fumo em locais públicos, como restaurantes e bares.
Ameaça — O tabaco mata até a metade de seus usuários e é descrito pela OMS como “uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou”, acrescentou. O câncer de pulmão é muitas vezes fatal, assim como, outras doenças respiratórias crônicas. O tabaco também é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, doença que mais mata no mundo.
A OMS afirmou que o tabagismo é um dos maiores responsáveis pela epidemia mundial de doenças não-transmissíveis, ou crônicas, tais como ataque cardíaco, derrame, câncer e o enfisema, que respondem por 63% de todas as mortes no mundo todo, sendo que 80% delas ocorrem nos países mais pobres.
(Com Agência Reuters)
Fonte: VEJA