A meta de consolidar uma matriz de energia “limpa” no Brasil a partir dos avanços em biocombustíveis e outras fontes alternativas requer um maior investimento para os próximos anos, apontou um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
O relatório “Energia e Meio Ambiente no Brasil” reconheceu o potencial do país sul-americano, mas destacou a necessidade de aumentar os investimentos em pesquisa e projetos, sem vê-los como “um sacrifício para a economia nacional” e sim como uma política de “responsabilidade social e ambiental”.
No caso dos biocombustíveis, para competir com os derivados do petróleo, o estudo sugere estímulos como os subsídios e até as isenções fiscais por parte do governo.
fonte: Folha de São Paulo
O estudo revela que o Brasil consome anualmente 25 bilhões de litros de etanol, segundo dados de 2009, e que essa demanda pode chegar aos 60 bilhões de litros em 2017.
Mais de 90% dos veículos automotores novos no Brasil estão dotados com a tecnologia flex, que permite a combustão com gasolina, etanol ou a mistura de ambos.
Apesar do crescimento da demanda de biocombustíveis no Brasil, o estudo mostrou também uma tendência ao aumento do consumo de combustíveis fósseis no país até 2030.
As mesmas projeções apontam que a energia eólica e a gerada a partir de resíduos sólidos também devem crescer no Brasil.