No último dia do VII Congresso de Unidades de Conservação (CBUC), mais de mil participantes aprovaram por unanimidade a Moção Pró-Unidades de Conservação Marinha no Brasil ? que deverá ser encaminhado ao governo brasileiro ? pedido ações mais eficazes de proteção do bioma marítimo, considerado vulnerável.
A moção foi apresentada pela ONG SOS Mata Atlântica e conta com a participação de 72 especialistas brasileiros. A discussão em favor da criação e implementação de unidades de conservação costeiras e marinhas teve início na Rio+20 e culminou, nesta quinta-feira (27), com a aprovação do documento.
Proposto por 43 instituições, o documento destaca 19 casos de criação de unidades de conservação cujos processos se encontram em estágio avançado e dependem de empenho por parte do Governo Federal para se tornarem realidade. Essas novas unidades representam um aumento dos atuais 1,57% para cerca de 4,5% da Zona Econômica Exclusiva Brasileira (território que vai de 12 a 200 milhas marítimas), o que colocaria o Brasil mais perto da meta assumida internacionalmente pelo plano “20-20” (metas de Aichio) de ter 10% do ecossistema marinho em áreas protegidas até 2020.
A organização do VII Cbuc entregará o documento ao governo brasileiro junto com o Manifesto Pró-UCs Marinhas do Brasil, lançado durante a Rio+20, sob a liderança de organizações como o Instituto Amigos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a Conservação Internacional, o Greenpeace e o Instituto Baleia Jubarte, que tem o mesmo objetivo da moção aprovada ontem.
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