Cheia de um charme elegante, a compacta e aconchegante capital de Portugal é um lugar ideal para explorar num fim de semana no país.

Brisas amenas que chegam do rio Tagus tornam a caminhada tolerável até no mais quente dos verões; ao mesmo tempo que a luz natural de Lisboa garante inesquecíveis fotos, especialmente no pôr do sol.

Lembre-se que Lisboa é conhecida como a “cidade das sete colinas”, as quais são bastante íngremes, e muitas ruas são pavimentadas com paralelepípedos –por isso, escolha seu calçado com cuidado.

Os moradores locais vão ajudá-lo a aproveittar o melhor da cidade:

Sexta-feira
17h – Comece sua viagem em um dos pontos mais altos da cidade, no topo do parque Eduardo 7º, que oferece uma panorâmica de Lisboa que você quer desvendar, incluindo o antigo castelo de São Jorge e o rio Tagus.

Tome um café no lago do parque, continue nas trilhas que passam por estufas com plantas exóticas e vá até a estátua do marquês de Pompal, que reconstruiu Lisboa depois de um grande terremoto, em 1755.

Pegue a avenida Liberdade cruzando a via pavimentada com pedras branca e pretas ou escolha as calçadas que levam a caras e variadas pâtisseries de onde emana o aroma de doces e cafés.

18h30 – No lado direito do bulevar que encontra a praça Restauradores, vire na Calçada da Glória e pegue os elevadores de Lisboa, que o levará aos jardins de São Pedro de Alcântara e a um pequeno parque de onde se vê uma cachoeira.

19h – Aproveite a vista e a taça de um refrescante e leve vinho verde, acompanhado de bolinho de bacalhau.

19h30 – No alto da rua principal, visite a praça Príncipe Real com uma árvore de cedro centenária, que esconde vários bancos com suas sombras. As estreitas ruazinhas no entorno levam ao Tagus e oferecem um dos mais pitorescos cenários de Lisboa.

20h – Desça até a rua Garett, com suas lojas caras. Visite o café A Brasileira, local já uma vez freqüentado pelo poeta Fernando Pessoa, cuja estátua de bronze está disposta em uma das mesas na calçada.

21h – Jante no pátio aconchegante do café Royale e experimente um prato com polvo e batata ou um bacalhau com vinho branco produzido na região de Ribatejo.

Depois das 22h – Confira a vida noturna do bairro vizinho, o Alto, onde prédios abrigam dúzias de bares com música ao vivo, casas noturnas e lojas de arte moderna.

Sábado
9h – Tome seu café da manhã no café Nicola, na praça Rossio, ou na Confeitaria Nacional, na praça da Figueira, no centro neoclássico de Baixa.

10h – Visite a majestosa praça do Comércio, perto do rio Tagus, e suba até o alto do castelo de São Jorge, fazendo uma pequena parada na catedral Se –o sol da manhã atravessa os vitrais e enchem a igreja de linhas góticas com reflexos coloridos.
Peça um drinque refrescante no terraço romântico de Santa Luzia, antes de entrar no castelo medieval. Certifique-se e pegue o caminho das muralhas, onde ocorreram batalhas das Cruzadas contra os mouros. O lugar transpira história e oferece uma ótima visão do rio Tagus e das pontes de Lisboa.

12h – De volta a Santa Luzia, embarque no funicular de número 28 –a veterana composição o levará ao mirante Graça, onde uma taça de vinho pode ser degustada ao som de apresentações de jazz ao vivo, tendo como cenário os telhados vermelhos das casas de Lisboa.

13h – Suba novamente no funicular 28, cruzando a Baixa, e então pegue o 15 que vai de Tagus a Belém, onde as torres do monastério dos Jerônimos exibem todo seu esplendor. O local foi construído nos anos de 1500 como uma casa para orações de marinheiros que chegavam de ou partiam para longas viagens, na época em que Portugal era um dos pioneiros na exploração marítima.

14h – Caminhe pelo rio e prove uma mariscada ou um caranguejo no bar-restaurante Portugalia. Depois do lanche, estique até a torre de Belém –uma das mais elegantes fortificações do mundo.

15h – Nas proximidades do monastério dos Jerônimos, encontre uma loja que venda os tradicionais pastéis de Belém com recheio de creme e prove um com vinho do Porto, e você dificilmente vai resistir a levar mais meia dúzia para casa. Tome o mesmo funicular de volta à Baixa, compre suvernires e procure o Elevador de Santa Justa, com linhas neogóticas e construída por um aprendiz de Gustave Eiffel. O elevador vai levá-lo a uma praça calma, nos arredores das ruínas da igreja do Carmo, para um descanso.

19h – Tome um táxi em direção ao Largo do Chafariz de Dentro, no bairro de Alfama. No Museu do Fado, há um restaurante com a música tradicional tocada ao vivo. Alguns acham que o gênero é lúgubre, mas nem todas as canções são. No restaurante Esquina de Alfama (reserve mesas com antecedência), garçons, lavadores de pratos e maîtres costumam cantar fados –alguns especialistas dizem que são de raiz. Peça um bacalhau grelhado ou favas enquanto estiver lá.

Domingo
9h – Tome seu café da manhã na centenária doçaria A Tentadora, popular entre os moradores de Lisboa de todas as idades. Caminhe para a rua Domingos Sequeira, em direção ao parque Estrela, atravessando a estrada a partir de uma bela basílica branca, em estilo barroco, o qual merece uma visita.

11h – Siga abaixo pela Calçada da Estrela até chegar ao suntuoso palácio de São Bento –um antigo monastério que abrigou o parlamento português. Os guardas que ficam perto da entrada permitem que sejam fotografados.

12h – Pegue o funicular 28 para a praça do Comércio, suba até a rua Augusta para a estação de trem Rossio.

13h – Para uma refeição de despedida e no espírito da viagem, faça uma parada perto do Beira Gare, próximo à estação de trem, e peça uma cataplana –um prato com bacalhau, camarões e mariscos– ou uma bifana, uma das melhores receitas de Lisboa.

FSP