O bom desempenho do Projeto BR-163 – Floresta, Desenvolvimento e Participação, um dos mais complexos e inovadores em andamento na gestão ambiental brasileira, foi reconhecido pelo seu comitê diretor. Em reunião realizada nesta quarta-feira (10/08), no Centro Nacional de Desenvolvimento Florestal (Cenaflor), em Brasília, os representantes da União Europeia, doadora dos recursos; da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), administradora da contribuição financeira; e do Ministério do Meio Ambiente, órgão executor, ficaram satisfeitos com os resultados apresentados pelo diretor nacional do Projeto BR-163, Mauro Pires.
Participaram do encontro, também, servidores e representantes dos três componentes do Projeto, cujo objetivo geral é contribuir para o desenvolvimento sustentável da área de influência da BR-163 no Estado do Pará. O Projeto também visa a implementação do Distrito Florestal Sustentável (DFS) da BR-163, com o manejo de florestas públicas (componente 1), apoio a iniciativas de produção sustentável (componente 2) e o fortalecimento da sociedade civil e dos movimentos sociais (componente 3).
Cristina Carvalho, gestora de Projetos da Delegação da União Europeia no Brasil, explica que o Projeto BR-163 tem elementos distintos de outros projetos, o que sinaliza o quanto é importante o bom andamento da sua execução. Além de ter sido elaborado a partir de reivindicações da sociedade civil, foi o primeiro projeto internacional administrado pela FAO. Ela afirma que a Comunidade Europeia está ciente do empenho de todas as partes envolvidas para o sucesso das ações. A gestora cita que outro projeto em sua fase inicial aproveita a gestão do Projeto BR-163.
Já Gustavo Chianca, representante da FAO, diz que o Projeto demonstra pontos positivos e serve para atuar no combate ao desmatamento. Chianca destaca que a comunidade internacional já percebe que o Brasil dispõe de técnicos competentes trabalhando de forma articulada com distintos setores.
A reunião foi um balanço da situação de um projeto que abrange uma grande área geográfica e diferentes atores, é extremamente complexo e precisa ter um acompanhamento periódico, comenta Márcio Lopes Corrêa, coordenador geral da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores. Corrêa afirmou que os resultados até o momento são satisfatórios e que o Projeto caminha para que seus objetivos sejam atingidos.
Para Joci Aguiar, diretora executiva da Rede Grupo de Trabalho Amazônico, o Projeto BR-163 traz a oportunidade de fortalecer e empoderar as comunidades nas tomadas de decisão de políticas públicas. Ela acredita que a população local pode melhorar sua condição de vida com o asfaltamento da rodovia BR-163, mas também precisa ter a oportunidade para que sua produção tenha mercado garantido. O GTA coordena o componente 3 Fortalecimento da Sociedade Civil e dos Movimentos Sociais.
O diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento, Mauro Pires, comemorou a avaliação mas ressalta que ainda há desafios que precisam ser superados. Na sua visão, as experiências que estão sendo realizadas devem ser bem difundidas para que outros segmentos conheçam o trabalho.
A coordenadora do Cenaflor, representante do Serviço Florestal Brasileiro, Cristina Galvão, salientou a importância do Projeto para a instituição. A partir das experiências na consolidação do DFS da BR-163, que envolvem várias equipes, ligadas a todas ações do SFB. Cristina acrescenta que as atividades viabilizadas pelo Projeto contribuem para a expertise do trabalho do órgão em várias funções, como na concessão florestal, na capacitação, no desenvolvimento da cadeia de custódia, no estudo do preço e da logística, exemplifica. A contribuição não acaba com as concessões das Florestas Nacionais de Saracá-Taquera, de Amana e Crepori, diz. Os subsídios deixados pelo Projeto vão subsidiar muitas ações que irão acontecer bem depois do término do Projeto, programado para o ano que vem.
Silvia Marcuzzo/Projeto BR-163- Floresta, Desenvolvimento e Participação
fonte: ASCOM