Cidade é também cercada por florestas de ‘redwood’, uma grande sequoia que vive 3.000 anos, e até por vinhedos

Pequenos preferem se divertir no Boardwalk, cuja montanha-russa, construída em 1907, é feita de madeira

DO ENVIADO À CALIFÓRNIA

Diante de um oceano Pacífico nada pacífico, cercada por florestas de “redwood”, uma sequoia imensa que vive 3.000 anos, e até por vinhedos, Santa Cruz (www.santacruz.travel)estrelou a sua “Hawaiian Connection”.
Destino de praia para californianos da gema, fica a 113 km ao sul de San Francisco, e, para ir a Los Angeles, ao sul, percorre-se 562 km.
Pequenos se divertem no Boardwalk(www.beachboardwalk.com), cuja montanha-russa (ou “rollercoast”), de 1907, é de madeira.
Marmanjos curtem o píer de pescadores, ou “Fisherman’s Wharf” (www.santacruzwharf.com) repleto de restaurantes e lojinhas.
Mas só grandes surfistas enfrentam as ondas diante do Lighthouse, pequeno farol que abriga museu do surfe.
Foi lá, em 1938, nessa cidade servida pela Highway 1, que Duke Kahanamoku, vencedor de medalhas olímpicas de natação em 1912 e em 1920, causou furor ao deslizar ondas gigantescas a soldo do Exército da Salvação.
“The Duke”, que ainda ganharia medalha olímpica chefiando o time de polo aquático dos EUA em Los Angeles, em 1940, fazia exibições surfando pelo mundo.
Em Santa Cruz, onde o surfe já era praticado, suas lições formaram diversas gerações de surfistas, como Dale Velzy, Al Wiemers, Wes Reed, Dan Young e… Johnny Rice.
Estrela dos esportes aquáticos, Duke Kahanamuku cresceu nadando e surfando no Havaí. Mas, mesmo sendo então o mais experiente dos atletas aquáticos, ele estranhou a temperatura gélida da água do mar em Santa Cruz.

ENCRUZILHADA DO SURFE
No interior do farol, aquele que hospeda o Surf Museum, são exibidas pranchas, fotos antológicas e inclusive o recorte de jornal que remete à notícia da aparição de “The Duke” pouco antes da Segunda Guerra (1939-1945).
Curiosamente, nos anos 1970, o surfe do Guarujá, no litoral paulista, também se ligou a essa costa, com a vinda de Johnny Rice, um surfista de Santa Cruz que continua na ativa.

O QUE FAZER
Assim, depois de curtir os brinquedos no parque Boardwalk pela manhã, o ideal é caminhar pela beira-mar até o Fisherman’s Wharf, local ideal para admirar a vista e almoçar, onde restaurantes anunciam promoções do dia.
No Fire Fish, entre as entradas, meia dúzia de ostras custam US$ 9,95 (cerca de R$ 19) e o coquetel de camarão sai por US$ 11,95. Uma pequena sopa cremosa de mariscos “clam chowder” vale US$ 7,95. Já o caranguejo “dungeness” custa US$ 29 (uns R$ 58). Ali, uma taça de vinho sauvignon blanc anônimo, ideal com frutos do mar, vale US$ 8,50 (cerca de R$ 17). (SILVIO CIOFFI)

 

Fonte: Folha