A Secretaria de Habitação e Meio Ambiente de Praia Grande está realizando estudos com o intuito de elaborar um plano de gerenciamento dos resíduos da construção civil. Para realizar a ação, o Departamento do Verde e Meio Ambiente contratou uma empresa que está responsável em fazer um diagnóstico para identificar quem são os agentes que geram esse tipo de material. Recentemente, o grupo reuniu-se com caçambeiros que trabalham no Município, para orientá-los qual a forma correta de destinar esses produtos.
“Estamos nos reunindo com todos os agentes responsáveis pela geração para diagnosticar de que forma eles trabalham atualmente”, destacou o chefe do Departamento de Verde e Meio Ambiente, Marcelus Condé. “Aproveitamos ainda para explicar quais são os problemas acarretados pelo descarte deste tipo de material de forma irregular, inclusive aterrando os mangues, além da necessidade de cada empresa ter uma área de transbordo”.
Ainda, segundo Condé, se os prazos referentes a esse estudo forem respeitados, o plano de gerenciamento da construção civil deve entrar em vigor já no início de 2011. “Além dessas reuniões, estamos estudando como o Município vai agir para atender os pequenos geradores de resíduos, como os carrinheiros”, completou.
Em números
Segundo números levantados pelo Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente — promotores do Ministério Público que fiscalizam áreas ambientais —, são produzidos cerca de 300 quilos de resíduos de construção civil, por metro quadrado de área construída. “Só para entender melhor o impacto, que muitas vezes passa despercebido pela população, se uma construção tem mil metros quadrados, a mesma gerará em média três toneladas de resíduos”, enfatizou Condé, salientando ainda a importância da preservação do meio ambiente. “Se analisarmos, nós contamos com um dos poucos lugares que ainda mantém a Floresta da Mata Atlântica, de forma nativa, que é a Serra do Mar. Por que no interior do estado, o cultivo agrícola foi muito forte, diferente da nossa região. Por isso há uma política severa com relação à proteção desta área”.
