SÃO PAULO – A usina hidrelétrica Jirau poderá contar com mais 4 turbinas além das 50 unidades previstas no empreendimento, o que elevaria a capacidade instalada da usina em 300 megawatts (MW) para 4.050 MW.
“O Conselho nos deu a autorização em uma reunião na terça-feira”, disse o presidente da empresa, Victor Paranhos, em entrevista à Reuters por telefone, na quarta-feira, sobre a autorização do conselho de administração da Energia Sustentável do Brasil, empresa responsável pelo empreendimento, a respeito da avaliação sobre as turbinas adicionais.
O projeto original da usina era de 3.300 megawatts (MW), com 44 turbinas. Posteriormente, a usina teve o projeto de expansão de 450 megawatts (MW) aprovado, elevando a capacidade instalada para 3.750 MW e 50 turbinas.
No último leilão de energia A-3, em agosto, o projeto de expansão de Jirau vendeu 209 MW médios de energia assegurada por 102 reais por megawatt-hora (Mwh), a serem entregues a partir de 2014.
A usina hidrelétrica Jirau tem o início da operação prevista para outubro de 2012, segundo Paranhos. O data representa um atraso em relação ao cronograma previsto pela Energia Sustentável do Brasil, mas ainda é um adiantamento em relação ao prazo determinado no contrato de concessão, para inicio de 2013.
Atualmente, cerca de 18 mil funcionários trabalham nas obras da usina, segundo Paranhos, que acrescentou que a empresa não pretende aumentar o número de trabalhadores na obra.
No início deste ano, uma rebelião de trabalhadores no canteiro das obras atrasou a construção da usina.
ENERGIA NO A-5
A Energia Sustentável do Brasil cadastrou cerca de 90 MW médios da usina Jirau para participação no leilão A-5 marcado para 20 de dezembro, referente a parcela de energia assegurada extra que poderia ser gerada pelo projeto de ampliação de 450 MW já aprovado.
Entretanto, esta energia adicional ainda não é de direito do projeto de Jirau e depende da aprovação do governo. Chamada “energia controversa”, esta parcela não poderá ser aproveitada por Jirau caso um projeto de ampliação da usina hidrelétrica Santo Antônio, também no rio Madeira, seja aprovado.
A usina Santo Antônio reivindica um aumento na cota do reservatório da usina.
“A gente acha que nos próximos 30 dias isto seja resolvido”, disse Paranhos.
A Energia Sustentável do Brasil tem em sua composição o grupo GDF Suez (50,1 por cento), a Camargo Corrêa (9,9 por cento) e as empresas do grupo Eletrobras Eletrosul (20 por cento) e Chesf (20 por cento).
Fonte: ESTADÃO