Pacata, Bruges parece um museu ao ar livre. O centro histórico da cidadezinha situada na província de Flandres Ocidental, patrimônio da Unesco, é quase excessivamente charmoso, mas, durante a alta temporada, fica cheio de turistas apressados. Bruges é melhor apreciada fora da alta estação: escolha a época certa, ou vá durante a semana.
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Viaje pelos canais europeus
Próspera cidade portuária de mercadores e forte polo da indústria têxtil até o século 16, a cidade belga entrou em decadência depois de perder o acesso direto para o mar, a partir do assoreamento do canal de Zwin.
Como em muitas outras pérolas medievais espalhadas por toda a Europa, no entanto, foi justamente o declínio que ajudou a preservar a cidade para o seu renascimento, já como destino turístico, a partir do final do século 19.
Seu centro medieval é pequeno. Suas duas praças centrais vizinhas -o Markt, onde fica a torre do Campanário, e o Burg- servem como pontos de referência.
Canal e fachadas do centro histórico de Bruges, na Bélgica
Os dias chuvosos não são poucos; visitar um dos museus locais é uma boa pedida. O Groeningemuseum abriga pequena, porém importante, coleção de pinturas flamengas e belgas.
Outros museus menos convencionais incluem o Choco Story, que conta a história do chocolate, e o Frietmuseum, que faz o mesmo com outra especialidade dos belgas: as batatas fritas.
Bruges é o cenário perfeito para se fartar de alguns dos mais famosos produtos de exportação da Bélgica atual: os chocolates e as cervejas. Dos campos da província sai o cobiçado lúpulo utilizado pelas cervejarias locais. E, enquanto as abadias da região que produzem as mais renomadas cervejas trapistas preferem a discrição, em Bruges é possível conhecer a De Halve Maan, uma das únicas que permite visitas guiadas.
Para os apreciadores do néctar cor de âmbar, só uma rápida olhada nas cartas de cervejas dos charmosos bares locais (e seus preços acessíveis) já vale a viagem. Uma opção é o subterrâneo ‘t Poatersgat. Outro local que se destaca é o Staminee De Garre. Escondido num beco entre as duas praças centrais, o De Garre tira a cerveja que dá nome à casa.
Fonte: Folha
