SOGESP e APM promovem atividade educativa e ações junto à comunidade sobre diversos temas de saúde feminina em 28 e 29 de janeiro, das 9h às 14h
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), em parceria com a Associação Paulista de Medicina (APM), promove um mutirão para orientar as mulheres sobre importantes temas de saúde feminina, na praia do Gonzaga, Santos, em 28 e 29 de janeiro, das 9h às 14h. Médicos especialistas e estudantes esclarecerão as dúvidas de participantes. Também haverá distribuição de camisinhas, folders explicativos, panfletos, brindes, água, suco, além de sorteio de livros, música ao vivo e zumba.
Batizada de Verão Mulher SOGESP, a ação receberá o público na tradicional barraca da APM, localizada próxima ao Canal 3. Haverá, de maneira gratuita e acessível a todos os banhistas, palestras curtas, com duração de dez a quinze minutos, que abordarão relação de zika, dengue e gravidez; higiene genital feminina; sífilis adquirida e congênita; gravidez não planejada; e mortalidade materna e infantil.
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia tem preocupação permanente com a saúde da mulher brasileira. É fundamental para nós a aproximação com a comunidade, a fim de tornarmo-nos ponto de referência para quem busca informação de qualidade.
Sara Bittante da Silva Albino, presidente da APM Santos, diz que atividades como essa são idealizadas exclusivamente em prol do cidadão: “Daí a importância dessa união com a SOGESP, pois transmitiremos conhecimento de excelência à saúde da mulher, em particular para a prevenção de doenças e cuidados pré-natal”.
DSTs
O número de infecções sexualmente transmissíveis não para de crescer. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que no Brasil há, por ano, 937 mil novos casos de sífilis, 1,5 milhão de gonorreia, 1,97 milhão de clamídia, 640 mil de herpes genital e 685 de HPV. Relatório emitido pelo Ministério da Saúde, em 2009, calcula que cerca de 10 milhões de brasileiros já apresentaram sintomas de alguma DST.
“As pessoas acreditam que são imunes às doenças sexualmente transmissíveis e praticam sexo desprotegido. A sociedade construiu um preconceito perigoso ao redor das DSTs, acreditando que só acometem determinadas classes sociais, faixas etárias e orientação sexual. Isso não é verdade: todos podem ser infectados”, alerta Rose Luce Amaral, médica do Hospital da Mulher CAISM, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), responsável por palestra sobre o tema no Verão Mulher SOGESP.
Sífilis Congênita
Dados da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, divulgados em 2015, afirmam que, em seis anos, a sífilis congênita teve aumento de 135%; já em gestantes, o percentual chegou a 1.407%. Encarada como epidemia pelo Ministério da Saúde, é uma doença silenciosa, capaz de acarretar problemas sérios, como aborto, má formação do feto ou morte no nascituro.
Diante deste cenário preocupante, João Carlos Francez, especialista em Doenças Sexualmente Transmissíveis pela Sociedade Brasileira de DST, abordará a incidência, as formas de transmissão, os sintomas, o tratamento e, principalmente, a prevenção.
“Devido ao expressivo crescimento do número de infectados, é fundamental informar a comunidade a respeito da sífilis, tanto a adquirida quanto a congênita”, reforça.
Mortalidade materna
Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, desta vez conjunto à Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), aponta que a Baixada Santista apresenta a maior taxa de mortalidade materna e infantil de São Paulo – os índices estão 36,4% acima da média. Este tópico será discutido em apresentação do professor do Centro Universitário Lusíada e diretor da Regional de Santos da SOGESP, Francisco Lázaro Pereira de Souza.
Segundo Souza, “os indicadores apontam as condições de saúde de uma população e o compromisso que a sociedade tem com o direito das mulheres. Estima-se que 90% dos óbitos de mulheres grávidas poderiam ser evitadas com atendimento adequado. A morte materna tem nome e história, não é apenas um número”.
Contracepção
Jarbas Magalhães, vice-presidente da SOGESP, tratará dos principais métodos de contracepção. “No mundo, a taxa média de gravidez é de 133 a cada dez mil mulheres entre 15 e 44 anos. Destas, 40% não foi planejada. Em países em desenvolvimento, mais de 200 milhões desejam evitar a gestação, mas não fazem uso de contraceptivos”, informa.
Segundo Magalhães, o cenário é agravado pela falta e uso incorreto desses mecanismos. “Por isso, vamos desmitificar as opções de longa duração, como DIU e implante, que reduzem significativamente a ocorrência de gravidez não planejada”.
Zika
A falta de políticas públicas para saúde reprodutiva voltou a preocupar a população geral após a descoberta da relação da infecção por zika com a microcefalia. Estudo da Universidade de Brasília identifica que 50% das mães em potencial preferem evitar engravidar por medo do vírus. Sergio Floriano Toledo, diretor científico da Regional de Santos da SOGESP e professor mestre da Faculdade de Ciências Médicas de Santos, orientará sobre os perigos às gestantes ocasionados pela dengue e zika
“Também abordarei a proliferação de larvas do Aedes aegypti, que podem ficar em latência por até um ano. Repassarei dicas sobre proteção contra os mosquitos, com uso de repelentes e de roupas claras que cubram as pernas e braços – áreas mais suscetíveis às picadas. Não somente, grávidas devem sempre usar camisinha nas relações sexuais com os parceiros, uma vez que a doença geralmente pode ser assintomática nos homens”, anuncia.
Higiene íntima
Aliada à prevenção de doenças, a manutenção do microbioma feminino auxilia na preservação da saúde da mulher. Paulo Girado, presidente da SOGESP, apresentará aula referente à higiene íntima, destacando a utilização de produtos adequados, como absorventes, depilação e lingerie. “Manifestações consequentes à higienização incorreta podem ser confundidas com doenças como candidíase. O ideal é adotar uma limpeza que não peca por falta nem excesso e que remove a maior parte do material orgânico acumulado, além da aplicação de produtos que não agridam a pele e a mucosa vulvar”, diz. “Logo, dedicarei meu tempo para esclarecer mitos e verdades presentes no senso comum”.
Verão Mulher SOGESP
O evento Verão Mulher SOGESP faz parte de um amplo projeto da SOGESP para todo estado com atividades mensais, cujo objetivo é aproximar a instituição da população, priorizando assuntos pertinentes à saúde das mulheres.
Confira a programação!
Programação 28/01 | |
Programação | |
Horário | Atividades |
09h00 – 10h00 | Abertura do evento Atividades física integrada Profª Camila Geanoni |
10h00 – 10h40 | Mortalidade materna e infantil – Dr. Francisco Lázaro Pereira de Sousa |
10h40 – 11h20 | Sífilis Adquirida / Congênita – Dr. João Carlos Francez |
11h20 – 12h00 | DST – Dra. Rose Luce Gomes do Amaral |
12h00 – 12h40 | Zika / Dengue e gestação – Dr. Sérgio Floriano de Toledo |
13h00 – 14h00 | Apresentação da bateria (Estudantes de Medicina do Centro Univers. Lusíada) |
Programação 29/01 | |
Programação | |
Horário | Atividades |
09h00 – 10h00 | Abertura do evento Atividades física integrada Profª Camila Geanoni |
10h20 – 10h40 | Higiene Genital Feminina – Dr. Paulo Cesar Giraldo |
10h20 – 10h40 | Gravidez não planejada – Dr. Jarbas Magalhães |
10h40 – 11h00 | DST – Dra. Rose Luce Gomes do Amaral |
11h00 – 12h00 | Sorteio de Brindes e Livros |
12h00 – 12h20 | Zika / Dengue e gestação – Dr. Sérgio Floriano de Toledo |
12h20 – 12h40 | Sífilis Adquirida / Congênita – Dr. João Carlos Francez |
12h40 – 13h00 | Mortalidade materna e infantil – Dr. Francisco Lázaro Pereira de Sousa |
13h00 – 14h00 | Apresentação Dr. Ronaldo/Encerramento |