O grupo português Ongoing fechou nesta quarta-feira a compra do portal de internet iG, que pertence à Oi, conforme antecipou a Folha no último domingo (15).
O Ongoing edita os jornais “Brasil Econômico” e “O Dia”. Antes de atuar diretamente no Brasil, tinha presença no país por meio de sociedade em empresas como a Vivo e a própria Portugal Telecom.
A venda do portal iG é reflexo da nova fase em que a companhia foca serviços de infraestrutura. A produção de conteúdo fica fora desse negócio.
O presidente da Oi, Francisco Valim, disse ontem no Rio que a Oi só está vendendo a parte de publicidade e conteúdo. A operadora continua na oferta de acessos de banda larga e serviços digitais.
A compra do iG chegou a ser analisado por três grupos –entre eles, a divisão de internet da RBS e o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual.
Segundo o Ibope, o iG é o quinto maior portal do país em número de visitantes. Em março, foram 23,48 milhões de visitantes únicos.
Está atrás do R7 (da Rede Record), que teve 23,571 milhões de visitantes únicos; do Terra (da Telefônica), com 29,508 milhões de visitantes; da Globo.com (das Organizações Globo), com 29,619 milhões de visitantes e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha, que é líder com 34,324 milhões de visitantes.
ANTECEDENTES
A Oi não tinha pressa em vender seu portal. A companhia decidiu vender o iG desde que o novo presidente da operadora, Francisco Valim, assumiu o comando, em agosto do ano passado.
A decisão ganhou força especialmente após a aquisição da Brasil Telecom, em janeiro de 2009, que fez explodir o grau de endividamento da Oi a ponto de comprometer seus planos de investimento.
No ano passado, o endividamento da companhia foi reduzido pela metade com a entrada da PT (Portugal Telecom) no bloco de controle, um acordo fechado em julho de 2011.
Com a chegada dos portugueses, o foco passou para os negócios na rede de dados (basicamente internet e TV), algo que, em Portugal, elevou a rentabilidade da PT.
Fonte: Folha.com