Acusado de liderar um esquema de desvio de recursos da reforma agrária, fundador do MST permanece na cadeia até o final da semana
Depois de ter o pedido de habeas corpus negado neste domingo pelo Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo, o líder dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior, permanecerá preso por mais cinco dias. A decisão é da 5ª Vara da Justiça Federal de Presidente Prudente (SP), que prorrogou nesta segunda-feira a prisão temporária de Rainha, que venceria na terça-feira.
Detido no último dia 16, ele é acusado de liderar um esquema de desvio de recursos da reforma agrária. Rainha permanece preso na Cadeia Pública de Presidente Venceslau, no Pontal do Paranapanema. De acordo com o advogado Aton Fon Filho, a defesa do fundador do MST deve pedir a reconsideração da prisão e, se não houver, entrar com novo pedido de habeas corpus.
Outras nove pessoas presas durante a Operação Desfalque, da Polícia Federal, também permanecem detidas. Além do líder, foram presos seu irmão Roberto Rainha, Claudemir Silva Novaes, Priscila Carvalho Viotti, Edvaldo da Silva, Nivaldo dos Santos Júnior, Valdemir Santana, Rosalina Rodrigues, Cristina da Silva e Cássia Maria Alves dos Santos.
Liberdade negada – O desembargador do TRF Carlos Muta, que negou no domingo o pedido de habeas corpus feito pelos advogados da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, considerou válidos os pressupostos que levaram a Justiça Federal de Presidente Prudente a pedir a prisão dos envolvidos, como o risco de prejuízo para as investigações.
(Com Agência Estado)
Fonte: VEJA