Uma análise feita pela Nasa com o uso de imagens de satélite mostrou que a área máxima ocupada pelo gelo no Ártico durante o último inverno foi a quinta menor já registrada – as medições começaram a ser feitas há 35 anos.
Durante o inverno, o oceano situado nas redondezas do polo Norte se congela e o gelo ocupa vastas áreas da região. No entanto, os 15,09 milhões de quilômetros quadrados de gelo registrados em 28 de fevereiro ficaram abaixo do normal e, de acordo com os cientistas, esta é uma tendência.
A marca está 374 mil quilômetros quadrados abaixo da média de máximas – área equivalente aos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina juntos. Nove entre as dez menores marcas máximas aconteceram ao longo da última década.
O menor volume do gelo no Ártico seria uma consequência do aquecimento dos mares. No verão, quando o gelo atinge seu mínimo, a marca registrada no Ártico em 2012 foi a menor da história. O máximo de gelo geralmente é registrado entre fevereiro e março, enquanto o mínimo é em setembro.
O relativamente baixo volume de gelo registrado durante o inverno não indica necessariamente que o verão também vá ter um derretimento maior que o normal. No entanto, há modelos científicos que mostram que o Ártico pode ter verões sem gelo ainda neste século.
O derretimento do gelo polar é um dos efeitos mais temidos da mudança climática, pois aumentaria o volume dos oceanos e colocaria em risco as populações que vivem em regiões litorâneas.